Ter hábitos saudáveis, não fumar, não beber, diminuem a possibilidade de a pessoa desenvolver esse problema |
Ter hábitos saudáveis, não fumar, não beber, diminuem a possibilidade de a
pessoa desenvolver esse problema. Além disso, há medidas simples que podem ser
adotadas pelos pacientes que apresentam o problema. O chefe do Departamento de
Uroneurologia da SBU e coordenador da campanha, Márcio Averbeck, citou os
exercícios do assoalho pélvico.
O exercício é feito em geral três vezes por dia, contraindo os músculos
durante dez segundos e relaxando por mais dez segundos, em várias sessões. “É
uma conduta que pode ser adotada em pacientes que já têm incontinência urinária
ou durante períodos que são críticos”, explicou. Sob a orientação do médico ou
do fisioterapeuta, o paciente pode identificar o grupo de músculos a
contrair.
Em até 40% dos casos de mulheres grávidas, durante a gestação ou logo após o
parto, pode haver algum episódio de perda de urina. “Isso é facilmente
prevenível por meio da realização desses exercícios do assoalho pélvico”,
esclarece Averbeck.
A perda de urina ocorre também em casos de homens com câncer que são
submetidos a cirurgia para remoção da próstata. Esse é o tumor mais frequente na
população masculina brasileira. Os exercícios do assoalho pélvico logo após a
cirurgia podem fazer com que o homem recupere a continência urinária de maneira
mais precoce.
Pacientes obesos também podem sofrer com o problema. Para as pessoas que
apresentam sobrepeso ou que já têm diagnóstico de obesidade, Márcio Averbeck
disse que a perda de 5% do peso corporal, aliada a uma dieta balanceada e
acompanhamento com nutricionista e médico, pode fazer com que a incontinência
urinária cesse por completo ou apresente melhora significativa.
Outro tipo é a chamada incontinência por esforço, que ocorre ao tossir,
espirrar ou durante algum exercício físico. Nesses casos, pode ser implantado
através da vagina, abaixo da uretra, um tipo de tela para manter a uretra em
posição durante os esforços. Essa cirurgia faz com que até 90% dos pacientes
tenham melhora ou cura no médio prazo.
A incontinência urinária também pode ser associada à urgência miccional,
chamada ainda de bexiga hiperativa molhada. “É quando o paciente tem uma vontade
súbita de ir ao banheiro que é desconfortável, difícil de controlar. Em função
dessa vontade, que surge sem esforço, há perda de urina”. Averbeck disse que
existem medicamentos para controlar as perdas urinárias associadas à
urgência.
Márcio Averbeck explicou que, na maioria das vezes, não há necessidade de
se fazer cirurgias para melhorar os casos de incontinência urinária: mudança
no estilo de vida, perda de peso e exercícios do assoalho pélvico podem ser
suficientes para melhorar a situação da pessoa. Nos casos em que não há melhora,
disse que houve avanços expressivos nos últimos anos, já que a urologia “dispõe
hoje de cirurgias que são minimamente invasivas”.
Para pacientes que não respondem aos tratamentos mais conservadores, o médico
disse que foi desenvolvido também o marca-passo para a bexiga. O dispositivo
produz impulsos elétricos que são transportados até os nervos da pelve por meio
de eletrodos. A campanha da SBU também está sendo feita no portal www.incontinenciaurinaria.com.br, criado para a ação.
Fonte Agência Brasil
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