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quarta-feira, 27 de março de 2013

Microrganismo detectado através da respiração indica maior risco de obesidade

Conteúdo da respiração de uma pessoa pode indicar a susceptibilidade ao ganho de peso
Foto: Wilson Dias/Abr
Conteúdo da respiração de uma pessoa pode indicar a
susceptibilidade ao ganho de peso
Alta concentração de hidrogênio e gás metano no ar exalado sugere presença de M. smithii que está ligado ao excesso de peso
 
Microrganismos detectados na respiração de uma pessoa podem indicar maior susceptibilidade ao ganho de peso, de acordo com estudo de pesquisadores do Cedars-Sinai Hospital in Los Angeles, nos EUA.
 
A pesquisa sugere que pessoas cujo hálito tem altas concentrações de hidrogênio e gases metano são mais propensas a ter maior índice de massa corporal e percentual de gordura corporal. A combinação dos dois gases sinaliza a presença de um microrganismo que pode contribuir para a obesidade.
 
Uma pessoa exala grandes quantidades de gases de hidrogénio e de metano quando um microrganismo chamado Methanobrevibacter smithii (M. smithii) coloniza o trato digestivo. Pesquisas anteriores mostraram que M. smithii é o organismo predominante no trato gastrointestinal humano responsável pela produção de metano.
 
"Normalmente, a coleção de microrganismos que vivem no trato digestivo é equilibrada e benéfica para os seres humanos, ajudando-os a transformar os alimentos em energia. Quando M. smithii torna-se abundante, no entanto, ele pode alterar o equilíbrio de uma forma que torna o hospedeiro humano mais propenso a ganhar peso e acumular gordura", ", explica o autor da pesquisa Ruchi Mathur.
 
M. smithii retira o hidrogênio de outros microrganismos e o utiliza para produzir metano, que eventualmente é exalado. Os pesquisadores supõem que a interação ajuda os microrganismos produtores de hidrogênio a extrair nutrientes dos alimentos de forma mais eficiente, o que estimula o ganho de peso e a obesidade no hospedeiro humano.
 
Estes microrganismos podem também desempenhar um papel na sinalização e regulação da insulina.
"Este estudo é o primeiro em grande escala a ligar os pontos e mostrar uma associação entre a produção de gás e peso corporal", afirma Mathur.
 
O estudo prospectivo analisou o conteúdo do ar exalado de 792 pessoas. Com base nos testes de respiração, quatro padrões emergiram. Os participantes tinham ou uma respiração normal, ou uma maior concentração de gás metano, ou níveis mais elevados de hidrogênio ou níveis mais elevados de ambos os gases.
 
As pessoas cujo teste respiratório continha maiores concentrações de hidrogênio e metano tenderam a ter maiores índices de massa corporal e percentagem de gordura corporal.
 
Fonte isaude.net

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