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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Medicina regenerativa 'recicla' rins inviáveis para transplante

Técnica remove todas as células do órgão e o utiliza como 'andaime' para criar rim personalizado com menor chance de rejeição
 
Rins humanos descartados para transplante podem servir como "andaimes" naturais para a produção de órgãos de substituição em laboratório, utilizando técnicas de medicina regenerativa.
 
Pesquisa sugere que reciclagem dos rins descartados pode ajudar a resolver a escassez de doadores de órgãos.
 
Quase 20% dos rins de doadores falecidos nos EUA são recusados para transplante devido a fatores que vão desde cicatrizes em pequenos vasos sanguíneos das unidades de filtragem dos rins até a falta de oxigenação e sangue no órgão por muito tempo.
 
Segundo os autores, mais de 2.600 rins de doadores são descartados a cada ano nos EUA. "Com cerca de 100 mil pessoas nos Estados Unidos aguardando transplante de rim, é devastador quando um órgão é doado, mas não pode ser usado. Esses órgãos descartados podem representar uma plataforma ideal para as investigações destinadas a fabricação de rins para transplante", afirma o autor da pesquisa Giuseppe Orlando, do Wake Forest Baptist Medical Center.
 
A pesquisa envolveu o bombeamento de um detergente através dos rins que foram recusados para transplante. O objetivo do processo, chamado de descelularização, é remover todas as células, deixando apenas a estrutura de órgão ou "esqueleto", conhecido em termos de medicina regenerativa como um andaime.
 
Em última análise, as próprias células do paciente podem ser colocadas neste andaime, criando um órgão personalizado que o paciente teoricamente não iria rejeitar.
 
De facto, a análise de órgãos descelularizados revelou que os antígenos que podem causar uma resposta imunitária foram removidos no processo de limpeza. "Esta descoberta tem implicações significativas. Isto indica que tais transplantes de rins personalizados podem ser realizados sem a necessidade de terapia anti-rejeição. Além disso, estes rins mantém sua arquitetura tridimensional inata, sua base bioquímica bem como o seu sistema de rede de vasos. Quando testamos a capacidade de ser transplantado (em porcos), estes rins foram capazes de manter a pressão sanguínea, o que sugere uma vasculatura funcional e resiliente", observa Orlando.
 
Enquanto o projeto está no início, a ideia representa uma potencial solução para a escassez extrema de rins de doadores. Segundo os autores, a probabilidade nos EUA de receber um transplante de rim no prazo de cinco anos após ser adicionado à lista de espera é inferior a 3%.
 
À medida que a investigação continua, os cientistas terão de avaliar se os órgãos descartados com certos defeitos podem ser usados para beneficiar os pacientes. De acordo com Orlando, os dados clínicos iniciais sugerem que as lesões fibróticas são reversíveis e que o corpo humano tem a capacidade de remodelar a fibrose renal e restaurar a anatomia normal.
 
Fonte isaude.net

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