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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Brasil pode economizar US$ 14 bilhões se investir em mHealth

Pesquisa da GSMA, em parceria com a PwC, projetada para 2017, detalha os benefícios econômicos e sociais, caso o Brasil invista em serviços móveis e consiga transpor as barreiras. Caso isso não aconteça nos próximos quatro anos, as perdas também são listadas
 
A GSMA anunciou nesta terça-feira (22/05) uma pesquisa que demonstra a transformação socioeconômica que a adoção da mHealth terá em países como o Brasil e México em 2017. Entre os benefícios estimados estão economia de US$ 17,9 bilhões em custos (US$ 14,1 bilhões no Brasil e US$ 3,8 bilhões no México) e a inclusão ao sistema de saúde de mais de 40 milhões de pacientes. O relatório, desenvolvido pela GSMA – entidade global que representa os interesses das operadoras de serviços móveis – em colaboração com a PwC, aponta para os obstáculos que, hoje, impediriam que a projeção aconteça nos próximos quatro anos.
 
De acordo com pesquisa, sem uma ação decisiva dos órgãos reguladores e governos em prol da mHealth, apenas 10% dos pacientes que poderiam se beneficiar com a adoção das tecnologias em ambos os países irão fazê-lo. “As pressões sobre os recursos de saúde e o crescente peso das doenças crônicas tornam crucial a implantação de soluções inovadoras e de baixo custo. A mHealth irá aumentar o alcance, a eficiência dos gastos e a eficácia da assistência para prestar serviços de saúde de melhor qualidade a mais pessoas. Portanto, é fundamental que os governos e os reguladores trabalhem com os profissionais de saúde e as operadoras de telefonia móvel para impulsionar sua adoção”, disse, em comunicado, a diretora-executiva da mHealth da GSMA, Jeanine Vos.
 
Os benefícios
 
Capacitar os pacientes pobres e crônicos
• Levar os cuidados de saúde para mais 28,4 milhões de pacientes no Brasil e 15,5 milhões de pacientes no México em 2017

• Equipar cerca de 16 milhões de cidadãos para melhorar o seu estilo de vida e reduzir o impacto das doenças crônicas, prolongando a vida

 Sustentar sistemas de saúde universais
• Melhorar a qualidade da assistência e a eficiência da prestação da assistência, economizando US$ 17,9 bilhões em custos (US$ 14,1 bilhões no Brasil e US$ 3,8 bilhões no México)

• Criar 200.000 empregos para sustentar as implantações da mHealth no Brasil e México

 Melhorar a qualidade de vida
• Salvar quase 16.000 vidas e adicionar 23.000 anos de vida, bem como economizar aos médicos 14,6 milhões de dias de trabalho através da melhoria da prevenção, diagnóstico e tratamento

• Certificar-se de que os cidadãos constituam uma força de trabalho saudável, acrescentando US$ 12,9 bilhões ao PIB do México e do Brasil
 
Barreiras
O relatório aponta quatro grupos principais de barreiras que limitam a adoção da mHealth em toda a América Latina. Elas são:
 
Regulatórias
• As abordagens políticas e regulatórias ainda não estão desenvolvidas para apoiar as soluções de mHealth alcançando pacientes e profissionais de saúde de forma rápida e eficaz. A ausência de marcos regulatórios claros que orientam o desenvolvimento e a implantação destes serviços está retardando a adoção

 Econômicas
• Os sistemas de saúde atuais incentivam os tratamentos individuais e as prescrições médicas, em vez de focar no cuidado preventivo e contínuo

• É importante a construção de evidência clínica que demonstre o impacto positivo que a mHealth pode oferecer, a fim de se obter a adesão da comunidade clínica e pagantes, como governos e seguradoras

 Estruturais
• A fragmentação dos sistemas de saúde no Brasil e no México restringe o compartilhamento de informações e alinhamento dos processos, impedindo a expansão efetiva da mHealth

 Tecnológicas
• A falta de interoperabilidade e padronização das soluções de mHealth pode localizar a implementação, o que limita a escalabilidade da mHealth
 
Caso essas barreiras não sejam ultrapassadas neste curto espaço de tempo, o documento lista o que os países estariam deixando de aproveitar em termos econômicos e sociais.
 
• A economia com os cuidados de saúde no Brasil e no México poderia se limitar a apenas US$ 1,5 bilhão e US$ 0,4 bilhão, respectivamente

• Brasil e no México estariam restritos ao tratamento de 3 milhões e 1,7 milhão de pacientes a mais e não o potencial total de 43,9 milhões

• Os ganhos no PIB poderiam se limitar a US$ 0,5 bilhão no Brasil e US$ 0,9 bilhão no México, em comparação com o combinado de US$ 12,9 bilhões se a adoção atingir o seu potencial em 2017
 
Fonte Saudeweb

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