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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Desvios na coluna vertebral podem ser motivos de dores de cabeça

O tratamento normalmente é dividido em medidas físicas
 e tratamentos medicamentosos
Dores provenientes de má postura são muito mais frequentes do que se possa imaginar
 
Embora menos comum e conhecida que a enxaqueca e a cefaleia tensional (em torno de 15% a 20% de todas as dores de cabeça), os sintomas da dor de cabeça secundária a alterações na coluna são velhos conhecidos: dor unilateral na altura dos olhos e na região lateral e posterior da cabeça. É uma dor com um componente cervical predominante e tem como principal causa alguma alteração cervical (do pescoço e da nuca).

— Esta alteração pode ser alguma doença cervical como uma hérnia de disco e osteoartrose, assim como contraturas, torcicolos e problemas posturais que podem acarretar dor de cabeça — explica o neurocirurgião Paulo Porto de Melo.

Maus hábitos
A tensão, preocupação, ansiedade e estresse são os grandes vilões da dor de cabeça da coluna, também chamada de cefaleia cervicogênica, pois ocorre um excesso de contratura muscular na região dos ombros, pescoço, músculo trapézio e músculos pericranianos como o temporal, masseter e occipital. A dor, normalmente moderada e com preponderância no sexo feminino, pode ser de um lado só ou dos dois lados, causar náuseas e sensibilidade à luz. Ela ocorre geralmente de duas a três vezes por semana e tem duração de horas ou até de dois a quatro dias.

O neurocirurgião alerta para alguns hábitos ruins que podem agravar o quadro. Segundo ele, é importante prestar atenção em posturas mantidas por mais de 20 minutos e, principalmente tomar cuidado com os movimentos com o pescoço, área mais próxima das três primeiras vértebras cervicais, a região onde se origina a cefaleia cervicogênica.

— É muito comum desenvolvermos problemas articulares, principalmente quando vai se aproximando da terceira idade ou quando não se pratica atividade física regular, por exemplo. E quando a dor de cabeça é consequência de problemas articulares, um especialista deve ser procurado para avaliar o problema e descobrir a causa — recomenda.

Os pacientes com síndrome de cefaleia cervicogênica, no entanto, trazem um desafio, tanto para o estabelecimento de um diagnóstico preciso como para orientar os possíveis tratamentos. Muitas vezes há dificuldade em diferenciá-la da enxaqueca e da cefaleia tipo tensão, ambas tratadas com esquemas que não beneficiam a dor de cabeça da coluna. O tratamento normalmente é dividido em medidas físicas e tratamentos medicamentosos. Deve-se corrigir a postura quando alterada, com fisioterapia, e outras técnicas de relaxamento manual, como o shiatsu, podem ser incluídas no tratamento.

Exercícios para a prevenção

É possível começar desde já a diminuir os sintomas e a prevenir a cefaleia cervicogênica. São exercícios simples, que podem ser feitos a qualquer hora e em qualquer lugar:

Para aliviar a tensão no pescoço, movimente a cabeça para frente e para trás em ritmo lento.

Evite poltronas ou colchões muito macios.

Tente não permanecer na mesma posição por mais de 20 minutos.

Quando falar ao telefone, segure-o com as mãos e não com os ombros.

Ao ler, posicione o livro na altura dos olhos para evitar ficar com a cabeça muito baixa.

Quem usa óculos deve prestar atenção ao grau, se é o adequado, pois quem não enxerga direito faz pequenos movimentos de inclinação ou aproximação para melhorar a imagem.
 
Fonte Diário Catarinense

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