Mark Stahl/Associated Press Kaiba Gionfriddo brinca com seu cachorro, Bandit, em sua casa em Ohio, nos EUA |
Kaiba Gionfriddo, de um ano e meio, sofria constantes colapsos de suas vias
respiratórias, o que parava seus pulmões e, muitas vezes, seu coração também.
Médicos da Universidade de Michigan criaram cem pequenos tubos na impressora
3D, que usa laser guiado por computador para fundir camadas de plástico e criar
objetos. Com uma permissão especial da FDA (agência de vigilância sanitária dos
EUA), os médicos implantaram um desses tubos em Kaiba, em um feito pioneiro.
O menino conseguiu então respirar normalmente pela primeira vez. Ele tinha
três meses quando a operação foi feita, no ano passado. Agora, tem quase um ano
e meio.
Em breve, o tubo de traqueostomia que o ajudava a respirar deve ser removido.
Desde a cirurgia, descrita no "New England Journal of Medicine", ele não teve
mais crises respiratórias.
Kaiba tem uma malformação em um dos brônquios, tubos que se ramificam da
traqueia e levam ar aos pulmões. Em casos graves, isso pode interromper a
respiração e levar à morte, o que quase aconteceu com o menino quando tinha seis
semanas.
"Ele ficou azul e parou de respirar", contou April Gionfriddo, mãe de Kaiba.
O pai, Bryan, usou reanimação cardiorrespiratória para salvar o menino. Aos dois
meses, ele passou a respirar com a ajuda de uma máquina.
A nova prótese foi colocada em volta do brônquio com defeito e evita que ele
se feche. O plástico deve ser absorvido pelo corpo em três anos, enquanto um
novo tecido saudável cresce para substituí-lo, segundo os médicos responsáveis
pelo procedimento experimental.
Fonte Folhaonline
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