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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Hospital pode recusar gestante de alto risco

Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia
Tarcísio diz que UTI neonatal está superlotada há 30 dias
 e não tem há condições de criar mais leitos
Autorização é garantida por liminar, mas gerou confusão no Antônio Pedro, em Niterói. Secretário diz que unidade não tem autonomia para negar atendimento
 
Rio - A Justiça Federal do Rio concedeu liminar para que a Maternidade do Hospital Antônio Pedro, em Niterói, possa recusar atendimento a novas gestantes de alto risco, devido à superlotação da UTI neonatal. A interpretação da autorização está causando confusão. A se julgar pelas declarações do secretário de Saúde de Niterói e da diretoria do hospital, ainda há longo caminho a ser percorrido até o entendimento.
 
De acordo com o secretário, Francisco D’Ângelo, a unidade não tem autonomia para avaliar e recusar as pacientes. Para isto, a gestante teria que ser submetida a avaliação da coordenaria da Secretaria Estadual de Saúde. Já o diretor do hospital, Tarcísio Rivello, alega que há cerca de 30 dias está com a UTI superlotada e não tem como atender a mais ninguém.
 
“Nosso objetivo não era pedir o fechamento da UTI neonatal, apenas comunicamos à secretaria que nossa unidade estava lotada. Não temos espaço para novos leitos”, conta Tarcísio. “Não cabe ao hospital determinar quais pacientes serão atendidas. É papel do estado, não do município”, conta o secretário de saúde Francisco D’Angelo.
 
No Rio, família tenta transferência de paciente com necessidades especiais para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio. Jonathan do Nascimento, 28 anos, está há uma semana no CTI de uma unidade em Nilópolis. “Até agora não tivemos nenhuma posição do hospital”, disse a mãe do paciente, Wanda Sueli Muniz.
 
Mãe em busca de vaga no Hospital da PM
O drama de Jonathan começou quarta-feira após deixar o Hospital Central da PM, onde estava se tratando de um problema na boca. Ele passou mal assim que chegou em casa. Desesperada, Wanda o levou para o Hospital Melquíadas Calazans, em Nilópolis. “Meu filho estava com muita falta de ar. Vi o hospital e entrei. Lá, descobriram que ele estava com a boca cheia de bichos. Ele havia sido examinado no hospital da PM. Como não viram isso?”, questionou Wanda.
 
E, segundo ela, enquanto tentava a transferência do filho para a unidade da PM, ele teve uma parada cardíaca. “Não consegui. Meu filho está entubado e só piora. É uma convardia o que estão fazendo”, desabafou Wanda.
 
Registro na 57ª DP
Wanda registrou o caso na 57ª DP (Nilópolis). “Meu filho tem o direito de se tratar nesse hospital porque é filho de policial militar”, reclamou a mãe de Jonathan. Segundo Wanda, ela ainda perguntou à médica que atendeu o rapaz dias antes se ele não precisaria ficar internado.
 
“Insisti dizendo que meu filho é especial e que os cuidados com ele são dobrados mas ela me garantiu que não era preciso e que tudo se resolveria sexta”, contou ela que continua tentando transferir o filho de Nilópolis para o HCPM.
 
A PM disse que o expediente administrativo da corporação já havia se encerrado quando procurada pelo DIA e que encaminhou o caso para à Diretoria Geral de Saúde.
 
Fonte O Dia

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