Brasília - Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), não há necessidade de
reavaliar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por
Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). "O Revalida foi
exaustivamente estudado e não é rigoroso. É minimamente necessário para avaliar
a condição do exercício da medicina por um aluno que sai da escola", avaliou o
vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) disse hoje (12) que vai aplicar o Revalida, exame feito por médicos com diploma
estrangeiro para atuar no Brasil, a estudantes de medicina de maneira amostral e
voluntária. O teste servirá para avaliar se o Revalida está dentro das
diretrizes curriculares do Brasil.
No ano passado, o índice de aprovação no Revalida variou entre 6,41% de
aprovação entre estudantes bolivianos e 27,27% de aprovação entre os
venezuelanos. Os brasileiros com diploma estrangeiro também são obrigados a
fazer o exame para trabalhar no país – o índice de aprovação deles no ano
passado, 7,5%, foi inferior ao de 2011 (7,89%).
Para Carlos Vital, não há dúvidas sobre a adequação do exame, e quem não
passa, não tem condições de exercer a medicina. Ele não afasta a possibilidade
de que este movimento venha para diminuir o rigor da prova. Vital propõe, que,
em vez de reavaliar o teste, que sejam estabelecidos três exames ao longo do
curso de medicina, para avaliar o progresso do aluno e também a qualidade da
faculdade.
O Inep nega que haja intenção de diminuir a rigidez ou a qualidade do exame.
Segundo a assessoria de imprensa, não é possível falar ainda em alterações no
Revalida, "somente com os resultados em mãos [do desempenho dos estudantes
brasileiros] poderemos verificar se o instrumento é adequado às diretrizes
curriculares do Brasil".
Fonte Agência Brasil
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