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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lei que permite aborto em caso de risco para a mãe é sancionada na Irlanda

Para determinar se há risco, é exigida a opinião unânime de um ginecologista e de dois psiquiatras
 
O presidente irlandês, Michael Higgins, promulgou uma lei que autoriza o aborto em caso de risco para a vida da mãe, um texto adotado após a morte de uma mulher que teve negada a interrupção da gravidez, um caso que provocou grande repercussão no país.
 
A nova lei autoriza o aborto se continuar com a gravidez significar um "risco real e substancial" para a vida da mulher, o que deve ser certificado pelos médicos.
 
A norma prevê que para determinar se existe risco é exigida a opinião unânime de um ginecologista e de dois psiquiatras.
 
Esta última cláusula provocou a reticência de uma parte dos parlamentares e dos ativistas contrários ao aborto, que temem que abra caminho para a multiplicação dos abortos na Irlanda, um país de forte tradição católica.
 
Por sua vez, deputados de esquerda consideraram muito restritivo o texto, que não prevê autorizar o aborto em caso de estupro, incesto nem se o feto tiver problemas.
 
O texto, que era uma promessa do primeiro-ministro Enda Kenny, do partido de centro Fine Gael, foi votado após a morte, em outubro de 2012, de Savita Halappanavar, uma mulher de 31 anos que faleceu por uma infecção generalizada na Irlanda depois de ter negada a interrupção da gravidez quando estava sofrendo um aborto involuntário com 17 semanas de gestação.
 
Em 2012, 3.982 irlandesas, entre elas 124 menores de 18 anos, foram ao Reino Unido para abortar, segundo o ministério britânico da Saúde.

Fonte AFP/R7

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