Brasília - A partir da próxima segunda-feira (23), 140 entrevistadores vão
coletar dados para a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do
Uso Racional de Medicamentos (Pnaum), lançada ontem (19) pelo Ministério da
Saúde. O objetivo é mostrar como os remédios são utilizados pelos
brasileiros.
O levantamento vai revelar também como se dá o
acesso a esses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde e pelas drogarias
privadas, se as pessoas seguem as prescrições médicas e se há variação no acesso
aos remédios de acordo com condições sociais, econômicas e demográficas. A
pesquisa inclui medicamentos para as doenças mais comuns e para doenças
crônicas
Na primeira etapa do levantamento, mais de 38 mil
pessoas de todas as idades serão entrevistadas em suas residências. Ao todo, os
entrevistadores farão 11 blocos de perguntas, entre elas sobre os hábitos das
pessoas, medicamentos que usa, doenças mais frequentes na família, onde
conseguem medicamentos e se usam remédio a partir de receita médica ou não.
Na segunda fase do levantamento, serão aplicados questionários nas unidades
básicas de Saúde e nos locais de entrega dos medicamentos. Médicos, pessoal
responsável pela distribuição de remédios e até secretários municipais de saúde
também serão entrevistados nessa etapa.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, os resultados da pesquisa vão fornecer
subsídios para políticas de combate à automedicação. “Medicamento é um produto
especial, que pode dar qualidade de vida mas, se mal utilizado, pode levar à
morte”, ressaltou o secretário. Ele alerta que, anualmente, cerca de 10 mil
pessoas são internadas por intoxicação medicamentosa.
A pesquisa será feita em 245 municípios de todos os estados brasileiros e no
Distrito Federal. Os dados serão analisados por professores de 12 instituições,
como universidades federais, a Fundação Oswaldo Cruz e a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas). As universidades federais do Rio Grande do Sul e
de Minas Gerais estão com a coordenação da pesquisa. De acordo com Gadelha, os
resultados da primeira etapa serão divulgados em fevereiro de 2014, e os da
segunda, em julho. O trabalho terá custo de R$ 9,4 milhões.
Agência Brasil
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