Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a
importância de estados e municípios colaborarem na execução de políticas
públicas de combate ao crack.
O ministro, que participou de sessão
temática sobre o financiamento da saúde no Senado, comentou os dados
apresentados na Estimativa do Número de Usuários de Crack e/ou Similares nas
Capitais do País, divulgada ontem (19) pelos ministérios da Justiça e da
Saúde.
“A pesquisa mostra que o problema é grave, que há uma epidemia de
crack no nosso país. Precisamos expandir ainda mais os serviços, e essa
parceria com os estados e municípios é fundamental. São R$ 2 bilhões disponíveis
e nós precisamos muito dessa parceria para que esses serviços cheguem à ponta”,
disse o ministro.
Padilha disse ainda que o estudo, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), dá um panorama claro sobre a epidemia de crack e definiu a
pesquisa como “o mais amplo estudo já feito no Brasil e no mundo” sobre o
problema. “Uma coisa que o estudo mostra é que a maior parte dos dependentes de
crack quer se tratar. Nós precisamos aproveitar que eles querem se trata para oferecer serviços, sejam públicos,
em instituições religiosas ou comunidades terapêuticas. É fundamental que a
gente alivie o sofrimento desses jovens e de suas famílias”, disse.
A estimativa feita pela Fiocruz aponta que os usuários regulares de
crack e/ou de formas similares de cocaína fumada (pasta-base, merla e
oxi) somam 370 mil nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Considerada uma população oculta e de difícil acesso, ela representa 35% do
total de consumidores de drogas ilícitas, com exceção da maconha, nesses
municípios, estimado em 1 milhão de brasileiros.
Agência Brasil
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