Sífilis |
Levantamento realizado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, revela que a sífilis congênita é responsável por 40% dos novos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) diagnosticados na unidade. Em média, 3,6 novos casos de DSTs são diagnosticados diariamente no hospital.
Os homens são as principais vítimas, respondendo por 82% das infecções detectadas. No total, 1.330 casos de DSTs foram registrados em 2012. Depois da sífilis, a lista segue com hepatite B, com 19%, e a candidíase, com 11%. As demais doenças registradas foram HPV (que causa câncer de colo de útero), clamídia, cancro mole e gonorreia.
O estudo aponta que a maioria dos pacientes tem idade entre 30 e 40 anos. O elevado número de novos casos por dia preocupa os médicos, pois de acordo com os dados, parte desses pacientes é infectada pelo vírus do HIV e já faz acompanhamento no Instituto. "Isso alerta para a falta de cuidados dessa população. Além das DSTs mais comuns, eles podem estar transmitindo HIV para os parceiros", afirma o infectologista Ralcyon Teixeira.
Segundo ele, não usar preservativo durante o sexo é o principal motivo para o número elevado de casos. "A prevenção é a forma mais eficiente de não se contrair uma DST. É preciso utilizar camisinha inclusive durante o sexo oral, pois esta é uma das principais formas de infecção se for feita de forma desprotegida.
Jean Gorinchteyn, também do Emílio Ribas, diz que nos últimos anos a população perdeu o medo de se contaminar por doenças sexualmente transmissíveis. "As pessoas acham que pelo fato dessas doenças terem medicamentos não há problema. Elas ignoram ou não sabem que o tratamento não é simples e que as patologias podem evoluir para complicações e levar até mesmo a morte", afirma.
Isaude.net
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