Foto: Denis Farrell/AP Garoto Dylan Laas mostra como funciona sua mão robótica em Johannesburgo |
O carpinteiro sul-africano Richard Van As criou uma forma caseira de produzir próteses robóticas para pessoas que perderam as mãos ou dedos. A "Robohand" é feita de plástico, cabos, parafusos e impressão 3D. Até agora, Richard já atendeu 170 pessoas de várias idades, e cada peça foi comprada com a ajuda de R$ 22 mil recebidos em doações.
O membro mecânico se parece com os usados em filmes de ficção científica, custa cerca de R$ 1.100 e permite que o indivíduo agarre objetos, como bolas.
O inventor teve a ideia após perder quatro dedos da mão, há dois anos, quando usava uma serra. Ele não tinha dinheiro para comprar uma mão robótica tradicional – que custa mais de R$ 30 mil e é capaz de detectar os impulsos elétricos dos músculos, que ativam o membro artificial –, e suas dores constantes o ajudaram a pensar em uma alternativa.
Foto: Schalk van Zuydam/AP O jovem Flippie Engelbrecht levanta suas mãos robóticas na Cidade do Cabo |
Richard, então, resolveu construir a própria mão, em uma oficina montada em casa, perto de Joanesburgo, após ver um vídeo online sobre uma mão mecânica fabricada para uma peça de teatro. Ele conseguiu entrar em contato com o designer do objeto, Ivan Owen, em Seattle, nos EUA – que acabou virando seu parceiro. Atualmente, Ivan se concentra em projetos de educação, para ensinar estudantes a usar impressoras 3D.
Foto: Denis Farrell/AP Carpinteiro inventor Richard van As exibe as mãos que fabrica na oficina de sua casa |
Com a ajuda do americano, o que levaria até duas semanas para ser montado se tornou possível em 20 horas. O sul-africano diz que gostaria de ver suas "Robohands" sendo vendidas em lojas e quer patentear a invenção. Richard também revela que já há voluntários na Austrália e em outros países imprimindo as próteses por meio dessa técnica.
Testada e aprovada
O sul-africano Dylan Laas, de 12 anos, ganhou sua "Robohand" em março. Ele não tem a mão direita por causa de uma anomalia rara congênita, e agora já consegue agarrar bolas e participar de atividades com mais interesse.
O sul-africano Dylan Laas, de 12 anos, ganhou sua "Robohand" em março. Ele não tem a mão direita por causa de uma anomalia rara congênita, e agora já consegue agarrar bolas e participar de atividades com mais interesse.
"Ficou legal. Ela me faz parecer o Darth Vader. É divertido de usar", disse Dylan, acrescentando que está ansioso para nadar com a nova mão.
G1
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