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De acordo com os criadores do projeto científico da Universidade Católica de Louvain (norte da Bélgica), o método, até agora nunca utilizado, poderia revolucionar o tratamento das fraturas ósseas e de doenças como o câncer ósseo. A técnica se baseia no cultivo de células-tronco extraídas da gordura corporal do paciente. Com elas, é criada uma espécie de pasta moldável e apta para ser reimplantada nas partes do osso danificadas.
Esta descoberta "vem da vontade de buscar soluções, principalmente para pacientes jovens com câncer ósseo", explicou o coordenador do projeto, Denis Dufrane, ao jornal "Le Soir". Até o momento, na maioria das tentativas de regenerar o osso humano foi empregado células-tronco da medula espinhal, "com resultados decepcionantes", afirmou o especialista.
"Descobrimos que a gordura continha 500 vezes mais células-tronco que a medula, e além disso, elas podiam se transformar em osso e resistir perfeitamente à privação de oxigênio e de vasos sanguíneos", explicou Dufrane.
Os cientistas estão entusiasmados após testar o método em 11 pacientes que padeciam de uma degeneração dos discos vertebrais e doenças que impediam a regeneração óssea espontânea, entre elas tumores ósseos ou disfunções metabólicas como a síndrome de Blackfan-Diamond.
Em todos os casos, a implantação do "osso artificial" permitiu a regeneração das partes danificadas sem que se observassem fraturas posteriores. Anteriormente, estes pacientes sofriam fraturas constantemente, múltiplas cirurgias e longos períodos hospitalizados, ressaltaram os especialistas.
EFE/R7
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