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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Estresse e fumo na gravidez aumentam risco de dependência da nicotina do bebê

Pesquisa identificou que malefício ocorre somente em crianças do sexo feminino
 
Fumar durante a gravidez está associado a inúmeras conseqüências negativas como baixo peso ao nascer, síndrome da morte súbita, aumento do risco de transtorno de déficit de atenção e uso de nicotina pelos filhos. Apesar dessa extensa lista, estima-se que de 13% a 30% das mulheres nos Estados Unidos continuam a fumar na gestação.
 
Agora, um novo estudo longitudinal de 40 anos, publicado na Biological Psychiatry, traz fortes evidências de que a exposição pré-natal a hormônios do estresse materno pode causar dependência da nicotina na vida adulta — mas somente para as filhas. A pesquisa também confirma pesquisas anteriores que os bebês nascidos de mães que fumaram durante a gravidez têm um risco aumentado de dependência da nicotina na vida adulta.
 
— Nosso estudo sugere que o tabagismo materno e o alto nível de estresse representam "chave dupla" para o aumento do risco de filhas dependentes de nicotina quando adultas. As mães que fumam são muitas mais estressadas e vivem em condições adversas, o que representa um importante problema de saúde pública — afirmou a principal autora do estudo, Laura Stroud.
 
Para conduzir o estudo, os pesquisadores utilizaram dados de um projeto de longo prazo, que começou em 1959 e teve a participação de mais de 50 mil mulheres grávidas. Os descendentes dessas mulheres foram acompanhados durante 40 anos.
 
— Nossos resultados destacam a particular vulnerabilidade das filhas para resultados adversos a longo prazo após estresse e tabagismo na gestação. Nós ainda não sabemos o porquê disso, mas possíveis mecanismos incluem diferenças sexuais na regulação do hormônio do estresse na placenta — disse Laura.
 
Segundo a pesquisadora, as descobertas da pesquisa podem ajudar a concentrar as atenções sobre as pessoas com maior risco de fumar quando adultas. Ela também ressalta que as diferenças de gênero na vulnerabilidade ao tabagismo merecem estudos mais aprofundados.

Zero Hora

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