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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Biópsia líquida é nova aposta para monitorar cânceres de mama, cólon, reto e próstata

Exame é feito por amostra de sangue e o resultado demora em média uma semana
Procedimento realizado por amostra de sangue pode definir real potencial de agressividade da doença 

Rio - Apelidado de biópsia líquida, o exame de contagem de células tumorais circulantes analisa fragmentos do DNA que escapam de tumores e entram na circulação sanguínea. De acordo com o oncologista Ricardo Teixeira, da Clínica Oncohemato, o procedimento já está disponível e plenamente validado para os cânceres de mama, cólon, reto e de próstata.

- Esse exame pode definir o real potencial de agressividade da doença em cada caso. Ele é feito por amostra de sangue e o resultado demora em média uma semana - revela Teixeira.

De acordo com o médico, a técnica é complexa, realizada por biologia molecular. Além disso, o exame é feito no curso da quimioterapia para avaliação de resposta clínica, identificando características genéticas do tumor e monitorando a evolução da doença no decorrer do tratamento. Ou seja, o paciente que vai se valer desse procedimento precisa estar em tratamento quimioterápico para doença metastática.

- Ele é muito útil e pode mudar por completo a história clínica do tratamento. Através dele podemos saber qual é o melhor quimioterápico a ser utilizado para aquele paciente e como ele está respondendo ao tratamento - afirmou o oncologista e complementou que os exames clínicos e de imagens sempre devem acompanhar.

Sobre a frequência com que a biópsia líquida deve ser realizada, Teixeira disse que não há como precisar, já que vai depender de cada paciente.

Apesar de ter sido inicialmente pensado para monitorar os cânceres de pâncreas e de ovário, ainda não há previsão para ser validado nesses casos.

- Ainda há muitas pesquisas a serem feitas - explicou.

Diagnóstico: Câncer de ovário
Enquanto ainda não há uma maneira mais objetiva de identificar o câncer de ovário, que mata cerca de 140 mil mulheres a cada ano, segundo o Inca, é importante que haja uma conscientização da população sobre essa doença. O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) divulgou neste ano que 70% das mulheres com câncer de ovário chegam ao hospital com o tumor avançado, o que pode comprometer o sucesso do tratamento.

A doença, que é mais frequente após os 55 anos, é considerada silenciosa e os poucos sintomas apresentados costumam ser confundidos com desconfortos comuns, como inchaço abdominal e menstruação irregular, dificultando o diagnóstico recente.

Para que haja uma diminuição da estimativa de 250 mil novos casos de câncer de ovário no mundo por ano, segundo a OMS, é importante que as mulheres fiquem atentas aos fatores de risco e consultem um médico regularmente. Isso vale principalmente para mulheres acima de 50 anos e com histórico familiar da doença, já que cerca de 10% a 15% dos casos detectados ocorrem em função da hereditariedade.

O Globo

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