Por que algumas pessoas sofrem de cinetose, ou enjoo de movimento, no mar enquanto outras no mesmo barco não sentem nada? A suscetibilidade à cinetose no mar varia muito de pessoa para pessoa e não se sabe o motivo, afirma Richard Lappin, médico do setor de emergências do Hospital Presbiteriano de Nova York e do Centro Médico Weill Cornell.
"Existem alguns padrões uniformes", afirma Lappin.
Um fator importante é a idade. A náusea causada pelo movimento aparece em torno dos seis anos, chega ao pico próximo dos 10 anos e, muitas vezes, diminui até a idade de 20 anos.
"As mulheres estão duas vezes mais propensas a sofrer de cinetose do que os homens", afirmou ele, "e as que sofrem de enxaqueca são especialmente mais suscetíveis".
A teoria mais aceita sobre o enjoo de movimento, que pode ocorrer em todos os tipos de transporte, descreve a doença como a reação do cérebro a informações discordantes sobre movimento, afirma Lappin. Para mantermos equilíbrio e os olhos fixos em um ponto enquanto nos movemos o cérebro monitora informações dos olhos e de detectores de movimento nos membros e ouvidos internos.
"Quando nos movimentamos por nossos próprios meios, o sistema funciona bem", afirma ele, porém, quando estamos sendo transportados "os olhos podem nos dizer que estamos completamente parados, enquanto que os sensores do movimento dizem que estamos balançando para frente e para trás. Este conflito de certo modo faz com tenhamos náusea".
Respirar de forma controlada e uniforme, mantendo o horizonte à vista parece ajudar, afirma. Além disso, medicamentos como o dimenidrinato e a escopolamina podem proporcionar certo alívio, conta. Porém, Lappin diz que não se sabe ao certo se a acupressão e as dietas especiais funcionam.
Fonte Folhaonline
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