Anvisa liberou recentemente o uso da imunização também para o público masculino

A prevenção para o público masculino tem o objetivo de impedir o desenvolvimento da doença no homem, porém, também pretende diminuir o risco de transmissão do vírus, que pode ser perigoso para as mulheres.
O HPV está relacionado com mais de 90% das ocorrências de câncer de colo de útero. No Brasil, ainda são registrados mais de 19 mil casos dessa doença a cada ano. Devido à alta prevalência da infecção, a probabilidade de se expor ao HPV é grande para quem já iniciou a vida sexual.
— A vacina já é obrigatória nos EUA e diversos estudos científicos voltados principalmente para câncer de colo de útero comprovam seu impacto positivo sobre a prevenção da doença — explica o infectologista Jessé Reis Alves.
No caso dos meninos, a vacina quadrivalente pode proteger contra as verrugas genitais, o que também já havia sido demonstrado nos estudos iniciais que motivaram a implantação da vacina para mulheres.
A vacina contra HPV é comercializada desde 2007 e sua aceitação tem sido crescente junto à população. Apesar de ser uma Doença Sexualmente Transmissível, a vacinação começa cedo (aos nove anos) porque, de acordo com Alves, a imunização precoce possibilita que o indivíduo já esteja protegido contra o HPV quando inicia sua vida sexual, o que aumenta o impacto da vacina.
Sobre o HPV
Existem mais de 200 subtipos de HPV, sendo que boa parte produz apenas verrugas, e cerca de 20 a 30 tipos alojam-se na área genital. Dois deles, o HPV-16 e o HPV-18, estão fortemente relacionados ao câncer de colo uterino.
A forma mais comum de transmissão é a sexual, porém, os vírus também podem ser encontrados vivos em roupas íntimas, sabonetes, objetos, instrumentos médicos e até nas mãos, o que explica a possibilidade de contrair a doença mesmo em relações sexuais com preservativo.
A infecção causa coceira e irritação na fase inicial, e produz verrugas genitais, que podem trazer desconforto e sangrar. A infecção persistente determina alterações nas células da região, que podem evoluir para lesões que predispõem ao câncer. Existe tratamento para todos os tipos de lesão, que, entretanto, não elimina a presença do vírus. Por outro lado, nem sempre a infecção traz sintomas, por isso é importante manter o acompanhamento médico periódico e realizar os exames de rotina.
Fonte Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário