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sexta-feira, 29 de julho de 2011

“Saúde está mais complexa, mais eficaz, porém menos segura”, diz presidente do Coren – SP

Para o presidente do Coren-SP, é preciso que o sistema de saúde seja transformado para que a segurança do paciente seja garantida

Desempenhar um atendimento assertivo e livre de riscos, conscientizando os profissionais sobre sua importância e a consequência de seus atos são alguns dos objetivos que a esfera da enfermagem almeja. Segundo o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Coren – SP, Claudio Alves Porto, a saúde está mais complexa, mais eficaz, porém menos segura.

“Atualmente existem muitos avanços tecnológicos e, muitas vezes, não conseguimos acompanhar. É preciso que o sistema de saúde seja transformado para que a segurança do paciente seja garantida”.

Em sua explanação no 3º Seminário Paulista de Gestão em Enfermagem, (Sepage), realizado na última sexta-feira, (22), em São Paulo, Porto chamou atenção para o fato de que a Organização Mundial de Saúde estima que um em cada dez pacientes possa ser vitima de erros e eventos adversos durante a prestação de serviços. E completou ao dizer que a hospitalização é responsável por aproximadamente 15 mil mortes por ano.

Segundo Porto, os erros ocorridos em pacientes são problemas antigos de âmbito mundial, que envolvem questões éticas e institucionais.

“Quando um enfermeiro comete um erro, ele está se deparando com uma questão ética na profissão. Além disso, existem também as questões institucionais, que afetam diretamente a imagem que a unidade de saúde”.

Diante dessa realidade, o presidente do Coren-SP explica que existem certas medidas preventivas que podem ser úteis para que os erros sejam evitados.

“Muitas vezes realizamos os procedimentos sem que alguém esteja olhando. E, se vemos alguém nos observando não gostamos. Mas é preciso aprender a não ter medo que o colega saiba mais do que você”.

Além disso, para Porto, muitos erros poderiam ser evitados se houvesse mais cautela na troca de plantão.

“A ronda do plantão é um ato negligenciado, os profissionais devem ter consciência da importância desta prática. Se não for leito a leito, deve ser porta a porta.”.

Ele ressalta que o procedimento correto seria enquanto um está passando o plantão para o turno seguinte o outro responsável levanta o lençol e vê como o paciente está.

Importância do gestor

Porto também chama atenção para a importância do gestor na rotina hospitalar. “Antes de designa funções, o gestor deve treinar sua equipe para poder delegar as funções melhor resultado”.

Além disso, segundo o presidente, os hospitais devem aderir a uma política de educação continuada. “Quanto mais um profissional conhece mais ele sabe. Dessa forma, é possível fazer as pessoas acreditarem que segurança é prioridade de todos”.

O presidente do Coren-SP encerra sua apresentação ao dizer que os erros estão sempre próximos dos profissionais, é importante ter inteligência de percebê-los.

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