De estômago vazio, sem combustível suficiente para o esforço, a intensidade da atividade e a queima de calorias sofrem redução
Malhar com fome pode ir contra a sabedoria convencional, mas muitos atletas e ratos de academia fazem força com o estômago vazio, acreditando que dessa maneira irão queimar mais gordura.
O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o corpo a buscar 'combustível’ nos depósitos de gordura acumulada em vez de correr atrás dos carboidratos mais facilmente disponíveis depois de um almoço ou lanche pré-malhação.
Mas embora isso pareça fazer sentido, pesquisas mostram que exercitar-se desse jeito não oferece nenhum benefício, podendo inclusive trabalhar contra a saúde.
Após anos revisando pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no Strength and Conditioning Journal concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes do exercício.
Você pode perder musculatura, fazendo esforço em um estado de esgotamento – descobriu o relatório – e, sem o combustível necessário para apoiar esse esforço, a intensidade do exercício e a queima global de calorias podem sofrer redução.
Uma das pesquisas revisada para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando treinavam em jejum. Quando treinavam sem nada em seus estômagos, aproximadamente 10% das calorias queimadas vinham de proteínas, incluindo perda muscular, escreveram os pesquisadores.
Em uma pesquisa separada publicada em 2002, cientistas descobriram um benefício adicional de uma refeição pré-malhação: mulheres saudáveis que consumiam 45 gramas de carboidratos antes de seu exercício acabavam comendo menos durante o restante do dia.
Conclusão: fazer exercícios de estômago vazio não ajuda a queimar mais gordura.
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