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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Portugal: Situação económica poderá dificultar tratamento da asma

A asma afecta 10 por cento da população portuguesa, e apenas metade dos doentes controlam a doença, porque o tratamento é caro, o que neste momento coloca um desafio ainda maior dada a situação financeira do país.

Esta alerta foi deixado por Tiago Alfaro, ligado aos Hospitais da Universidade de Coimbra, durante o 2º Congresso de Pneumologia do Centro, frisando que existem 700 mil asmáticos activos em Portugal e que ao longo da vida a doença afecta 10 por cento da população.

Ao abordar a temática “A Pneumologia no Centro do País” no congresso a decorrer até sexta-feira em Coimbra, considerou serem “boas notícias” que em Portugal metade dos asmáticos tenham a doença controlada, embora admita haver “muitas dificuldades associadas” para se atingir o controlo total.

“É preciso diagnosticar esses doentes, dar-lhe a terapêutica adequada e é preciso que a façam, que nalguns casos ainda é cara, o que também é uma limitação para conseguirmos fazer isso”, observou Tiago Alfaro à agência Lusa.

Frisando que tem havido melhorias no tratamento da doença, declarou-se esperançado que elas prossigam no futuro, “a não ser que as próprias condições económicas levem a alguma descomparticipação do Estado na terapêutica da asma”.

Para Tiago Alfaro, um dos grandes desafios para o futuro “a muito curto prazo é a situação económica do país e a análise de custo/benefício que tem de ser feita para tudo o que se faz em medicina, e especificamente em pneumologia”.

Na sua intervenção perante o auditório, o especialista referiu que na região Centro o controlo da asma estava a níveis inferiores ao do resto do país, mas, em declarações à Agência Lusa salientou ter-se tratado de “uma curiosidade, mais do que de dados importantes, porque estatisticamente não houve diferenças em relação a outras regiões”.

Além da asma, também a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica), o cancro do pulmão e as infecções nas pessoas mais idosas, mais debilitadas, pela sua elevada prevalência, na sua opinião, “vão continuar a ser um problema muito importante” no futuro.

“A infeção no idoso irá agravar-se”, alertou, lembrando que a região Centro apresenta uma taxa de envelhecimento superior a outras regiões do país.

A asma é já considerada a doença crónica infantil mais prevalente nos países desenvolvidos, segundo Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Embora resultante de uma “predisposição genética”, para ela contribui o maior conforto das sociedades desenvolvidas, nas habitações, e também a poluição dos espaços de trabalho, o que aconselha “a não se descurar desde cedo o diagnóstico”.

O 2º Congresso de Pneumologia do Centro, cujo tema é “O Pulmão no Centro”, encerra sexta-feira, e para este segundo dia está prevista a conferência de uma especialista internacional sobre alergias com medicamentos da área respiratória, Mariana Castells, de Harvard, bem como uma mesa redonda sobre doenças respiratórias crónicas.

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