O Hospital Sírio Libanês adquiriu recentemente o equipamento FibroScan, um recurso não invasivo utilizado para quantificar o grau da fibrose (cirrose) e da esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado.
Segundo o hospital, o equipamento gera um pulso mecânico na superfície da pele e é propagado através do fígado. A velocidade dele, medida por ultrassom, está diretamente relacionada à rigidez do fígado: quanto mais duro o órgão, mais rápida é a propagação e maior é o grau de fibrose.
De acordo com a instituição, a área submetida à avaliação é aproximadamente 100 vezes maior do que a obtida na biópsia. Devido a essas vantagens, trata-se de um procedimento já amplamente difundido na Europa e em processo de aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos.
Além disso, por meio de um software exclusivo acoplado ao FibroScan, será possível obter dados populacionais, estudar a evolução dos pacientes a partir do diagnóstico.
Haverá também a possibilidade de estudar a gravidade da doença a partir da casuística do Serviço, que poderá servir para estabelecer novos padrões de conduta no aconselhamento dos pacientes e nos tratamentos.
De acordo com o Sírio Libanês, se não controlada, a doença pode evoluir para uma hepatite gordurosa e cirrose, com possibilidade, embora rara, de formação de tumores no fígado.
Hepatites virais
Estima-se que cerca de 2 milhões de indivíduos estão acometidos pela hepatite B e 3 milhões pela hepatite C, a grande maioria sem nenhum sintoma.
Em virtude dessa alta incidência e dos riscos dessas hepatites se agravarem e comprometerem a vida dos pacientes é necessária a avaliação do grau de fibrose de forma adequada. Devem fazer parte da rotina de avaliação do paciente os exames laboratoriais, de imagem como, ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética, a biópsia e o acompanhamento clínico direcionado.
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