Nesta quinta-feira (30), o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, publicou decreto para que o Executivo municipal utilize o falido Hospital São Caetano para fim de utilidade pública e seja reaberto. As informações são do jornal Diário do Grande ABC.
Auricchio havia declarado há algumas semanas que não mediria esforços para salvar o local. E, após entrar em acordo com a Justiça, a administração municipal foi declarada a fiel depositária do empreendimento – tem a obrigação de zelar pelo patrimônio do hospital. Para completar o objetivo, publica o decreto hoje.
Processo
Os últimos desdobramentos envolvendo o hospital não foram positivos. Depois de passar por problemas financeiros, reduziu o número de atendimentos até que encerrou as atividades em meados de agosto.
De acordo com a publicação, até hoje a Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano, antiga controladora e fundadora do empreendimento, não apresentou explicações completas para a falência. As estimativas de pessoas próximas ao hospital, na época, apontavam para dívidas de, aproximadamente, R$ 60 milhões.
Entre os problemas que o fim do hospital causou está o desamparo de cerca de 8.000 ex-conveniados do falido plano médico Di Thiene, que atendia exclusivamente no São Caetano. A maioria deles idosos e pagavam mensalidades abaixo do cobrado pelo mercado.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar determinou a liquidação extrajudicial do Di Thiene em agosto. O motivo foi simples. Dificuldades econômicos-financeiras anormais, segundo a agência.
O convênio era, justamente, a fonte de receita do São Caetano. Assim, mesmo com portabilidade especial, esses ex-conveniados, por entrarem na lista dos planos de saúde mais caros, encontraram dificuldades para migrarem a outro convênio.
Quem terá motivos para comemorar será o comércio próximo à Rua Espírito Santo, na qual está o hospital. Esses empresários tiveram grande impacto no faturamento com o fim do atendimento no prédio.
Novos empreendimentos
Além do Hospital São Caetano, a cidade receberá outro empreendimento de Saúde pública. No complexo Maria e Márcia Braido, a Prefeitura ergue o Hospital da Mulher. No setor privado, a rede carioca D’Or lançará o hospital de bandeira São Luis, no Espaço Cerâmica.
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