A detecção por tomografia computadorizada do câncer de pulmão permite reduzir em 20% os óbitos entre fumantes e ex-fumantes em relação ao uso da radiografia, revela um estudo publicado no “New England Journal of Medicine”.
O estudo clínico, iniciado em 2002 nos Estados Unidos, examinou 53.454 homens e mulheres com entre 55 e 74 anos que fumaram ao menos 30 pacotes de cigarros ao ano.
O objetivo da investigação era comparar a diferença na taxa de mortalidade entre as pessoas submetidas várias vezes ao ano a tomografias e a radiografias.
De acordo com a Universidade da Califórnia, os resultados confirmam que a detecção por tomografia pode reduzir o número de mortes provocadas por câncer de pulmão, que mata anualmente mais de 150 mil americanos.
O estudo aprofunda dados já publicados em novembro de 2010 e que mostravam a maior eficiência da tomografia na detecção do câncer de pulmão.
Segundo a instituição, esta pesquisa servirá de orientação para uma política de saúde pública sobre a detecção do câncer de pulmão nos próximos anos.
Os participantes do estudo foram escolhidos de forma aleatória para três exames anuais de prevenção do câncer de pulmão, metade por tomografia e metade por radiografia.
A tomografia permite obter imagens de várias “partes” do pulmão, enquanto o paciente segura a respiração por mais de sete segundos.
A radiografia exige apenas que o paciente segure a respiração durante poucos segundos, e revela uma única imagem, que não permite diferenciar todas as estruturas anatômicas pulmonares e detectar um tumor em fase inicial
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