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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dietas muito restritivas modificam as células do cérebro e são pouco efetivas, diz pesquisa

689464 70317099 300x254 Dietas muito restritivas modificam as células do cérebro e são pouco efetivas, diz pesquisaUm estudo publicado no periódico Cell Metabolism pode ajudar a explicar por que é tão prejudicial e difícil seguir uma dieta muito restritiva. De acordo com a pesquisa, quando ficamos em jejum, a fome induz os neurônios no cérebro a começar a consumir pedaços de si mesmos.
Este ato de “canibalismo”, a chamada autofagia, envia um sinal de que há uma falta de comida, o que faz que as células se alimentem delas mesmas. Testes feitos com modelos animais em laboratório revelaram que a autofagia destas células do cérebro gera a liberação de diversas substâncias – como ácidos graxos  –, que por sua vez resulta em níveis mais altos de uma proteína (chamada agouti ou AgRP) que estimula o apetite.

O autor do estudo, Rajat Singh, acredita que medicamentos que interfiram neste processo de autofagia poderiam ajudar a tratar a obesidade, fazendo que as pessoas sintam “menos fome e queimem mais gordura”.

Ácidos graxos presentes nas gorduras levam a um círculo vicioso
Segundo ele, quando a autofagia foi bloqueada nos neurônios dos camundongos, os níveis da proteína AgRP não se elevaram em resposta à fome. Esta alteração na química do corpo levou os ratos a ficarem mais magros, já que eles comiam menos após um período de jejum e gastavam mais energia.

Por outro lado, Singh explicou que níveis cronicamente altos de ácidos graxos na corrente sanguínea, como acontece em pessoas com dietas ricas em gordura, podem alterar o metabolismo “criando um círculo vicioso de superalimentação e equilíbrio de energia alterado”.

O estudo também pode ajudar a explicar por que o apetite tende a diminuir com a idade, já que as células de um corpo mais idoso não conseguiriam realizar a autofagia tão bem. “Nós já temos algumas evidências preliminares sobre estas mudanças que podem ocorrer com a idade”, finaliza.
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com informações da AAAS

Fonte O que eu tenho

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