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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novo hormônio encontrado em músculos anima pesquisadores e pode ajudar a combater a obesidade

A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para combater diabetes, obesidade, entre outras doenças, incluindo câncer.

Pesquisadores do Instituto Dana-Farber de Câncer, nos EUA, conseguiram isolar um hormônio natural a partir de células do músculo que desencadeia alguns dos principais benefícios à saúde dos exercícios físicos. Os resultados foram publicados no periódico Nature.

O hormônio foi apelidado de ” irisin”, depois de Iris, uma deusa grega mensageira. De acordo com o principal autor do estudo, Pontus Bostroöm, a descoberta é um primeiro passo importante para a compreensão dos mecanismos biológicos que traduzem o exercício físico em mudanças benéficas por todo o corpo.

De acordo com a equipe de pesquisa, a proteína – que serve como um mensageiro químico – se configura como uma candidata altamente promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos para diabetes, obesidade e talvez outras doenças, como Parkinson e também câncer.

Efeito poderoso
Para este estudo, os pesquisadores usaram modelos animais e culturas para mostrar que irisin tem um efeito direto e poderoso no tecido adiposo branco, depósitos de gordura subcutânea branco que armazenam calorias em excesso e que contribui para a obesidade.

Quando os seres humanos e os ratos fazem exercícios, os níveis de irisin sobem nos músculos e isso muda em um gene que provoca a conversão de gordura branca em gordura marrom, a chamada gordura “boa”. Isso é benéfico porque a gordura marrom queima mais calorias em excesso do que o exercício sozinho.

Algo semelhante aconteceu quando os pesquisadores injetaram quantidades modestas de irisin em ratos sedentários que eram obesos e pré-diabéticos O irisin imitou o efeito do exercício, exceto que seu gasto de energia subiu “sem alterações em movimento ou ingestão de alimentos”.

Os ratos desenvolveram uma melhor tolerância à glicose com apenas 10 dias de tratamento, e também perderam um pouco de peso. Bruce Spiegelman, biólogo celular que participou do estudo, acredita que o efeito poderia ter sido maior se o tratamento tivesse durado mais tempo.

Não houve sinais de toxicidade ou efeitos colaterais, o que foi previsto já que os pesquisadores limitaram o aumento de irisin a níveis tipicamente causados por exercício.

Testes clínicos com irisin podem ter início em dois anos
Em parte porque é uma substância natural e porque as formas humanas e dos ratos da proteína são idênticas, Spiegelman acredita na possibilidade do mover uma droga baseada em irisin rapidamente em testes clínicos, “talvez dentro de dois anos”, prevê.

Os pesquisadores dizem que a descoberta ainda é superficial. Eles continuam a explorar os possíveis benefícios do hormônio em doenças metabólicas como o diabetes, resistência à insulina e obesidade, que constituem uma crescente epidemia em todo o mundo, bem como as doenças neurodegenerativas como o mal de Parkinson.

Spiegelman acrescenta que como a evidência crescente implica obesidade e sedentarismo no desenvolvimento do câncer, é concebível que os medicamentos baseados em irisin possam ter valor na prevenção e tratamento da doença.
Fonte O que eu tenho

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