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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Portugal: Uma 'turma' preocupada com os sorrisos nacionais

Vieram do Brasil, mas abraçaram a causa nacional com igual empenho. Falamos dos Dentistas do Bem, um projecto que tem por missão cuidar da saúde oral das crianças que mais precisam. E tudo com base no trabalho voluntário.

Chegaram a Portugal há um ano e meio. Na bagagem traziam, para além de conhecimentos, a vontade de transformar o sorriso de muitas crianças portuguesas. Hoje, contam 500 crianças tratadas e 280 voluntários no currículo. Chamam-se Dentistas do Bem e dão corpo e alma a um projecto que nasceu no Brasil, mas saltou fronteiras.

«Contamos com o trabalho voluntário de médicos dentistas que atendem crianças e adolescentes de baixa renda, proporcionando-lhes tratamento dentário gratuito até completarem 18 anos», explica ao Destak Alaize Silva, coordenadora regional. E o processo de selecção é simples: dirigem-se às escolas públicas, onde fazem a avaliação do que se passa na boca dos mais jovens. Depois, a escolha recai sobre os que mais precisam, mas também «os mais próximos do primeiro emprego, ou seja, os mais velhos».

Num país onde os hábitos de saúde oral nem sempre são prioridade e onde, segundo vários estudos, se tende a fugir da cadeira do dentista, têm sido muitos os problemas detectados. «Desde crianças com abcessos dentários e com necessidade de endodontia (desvitalização), completa falta de higiene, dentes apinhados, e a falta de conhecimento de que existe outra forma de vida melhor, sem dor e sofrimento. Muitos dos jovens que atendemos nunca receberam uma correcta orientação de como deve escovar e cuidar dos dentes», afirma a médica.

Uma lacuna que tentam colmatar, seguindo as crianças e adolescentes até aos 18 anos. Trabalho que nem sempre é fácil, ainda que feito a troco apenas da satisfação pessoal. Queixam-se da burocracia, que obriga a esperar por uma autorização assinada dos pais ou responsável para a realização do exame oral e queixam-se ainda da dificuldade em passar a mensagem. É que são precisos mais médicos, esclarece Alaize Silva, «para conseguir aumentar a rede de voluntários e assim atender mais crianças».

Informação precisa-se
Para combater o aparente desinteresse pela saúde oral, a melhor arma é mesmo a informação, acrescenta a médica. «É uma questão de hábito», confirma. «E a melhor forma de conscientizar é através da educação e como acompanhamos o jovem até os 18 anos, temos tempo para ensinar e conscientizar quanto a importancia de um sorriso saudável».

Em nome do bem
Para os interessados, é fácil fazer parte desta ‘turma’. Basta «preencher um Termo de Compromisso com os dados, indicando quantos jovens está disposto a atender e enviá-lo assinado via fax ou correio para a Associação Turma do Bem Portugal, que fica no Museu da Electricidade, na Fundação EDP. Contacto: 210 028 125»

Fonte Destak

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