Tecnologia ajuda cientistas a criar remédios com base na relevância de cada componente
Cientistas da Universidade de Washington (WSU) e da Universidade do Arizona descobriram que o algoritmo PageRank, do Google, funciona bem com links de produtos químicos. Enquanto o gigante de buscas se vale das informações para indicar páginas relevantes de pesquisa, Aurora Clark, professora de química da WSU, ampara-se no algoritmo para prever reações químicas.
A tecnologia mede a importância relativa de um conjunto de páginas de rede conectadas por hiperlinks. Páginas de rede com mais números de links recebidos são consideradas mais importantes pelo algoritmo. De fato, o ato de criar um link para um site se torna um voto de importância para ele.
“A maneira na qual o Google calcula os votos de confiança é baseada em sua conectividade. A conectividade [medida pelo número de links para a página] dita a probabilidade de o usuário ficar ou deixar a página. Fazemos o mesmo”, esclareceu Aurora. A professora afirma que o número de ligações de hidrogênio em uma molécula de água torna mais relevante para as reações químicas. “O algoritmo fornece uma maneira de caracterizar a organização de um sistema de uma só vez”.
A pesquisa, financiada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, é descrito em um ensaio publicado online no The Journal of Computational Chemistry, “moleculaRnetworks: An Integrated Graph Theoretic and Data Mining Tool to Explore Solvent Organization in Molecular Simulation,” (moleculaRnetworks: Um gráfico teórico integrado e ferramenta de dados significativo para explorar organização solvente em simulação molecular”, coautoria de Clark, Barbara Logan Mooney e L. Rene Corrales.
moleculaRnetworks se refere a um conjunto de scripts escritos na linguagem R de computação para identificação, visualização e entendimento das reações moleculares. PageRank é um dos algoritmos usados no script.
Entender como as moléculas são organizadas pode ajudar com projetos de novos remédios e tratamento de doenças. “Há uma grande seção de química sobre congelamento, derretimento e transformação em organização molecular”, afirmou Clark.
O foco do trabalho de Aurora são os metais tóxicos e pesados, como o urânio, plutônio e como se comportam na água. Ter uma ferramenta computacional que explora a reatividade desses elementos na água expande as opções de pesquisa sem o desafio de lidar diretamente com essas substâncias perigosas.
O Google está feliz com o uso de seu aplicativo. “Nosso objetivo em pesquisa é ajudar as pessoas a expandirem seu conhecimento do mundo, e ficamos felizes em saber que o algoritmo PageRank é usado nesse método inovador e eficiente de pesquisa molecular”, afirmou Amit Singhal, Google Fellow e vice-presidente sênior de empresa.
Fonte: Thomas Claburn – InformationWeek EUA; replicada InformationWeek Brasil
Fonte SaudeWeb
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