Ministério vai investir R$ 2,1 milhões para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Zona Leste da capital paulista
O ministro da saúde, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (17), durante a segunda visita ao Hospital Santa Marcelina, que investirá R$ 2,1 milhões para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Zona Leste da capital paulista. A iniciativa se enquadra na estratégia do S.O.S Emergências, ação do governo federal para qualificar o atendimento de urgência do Sistema Único de Saúde (SUS).
Padilha afirmou ainda que as mudanças estão apenas começando. O Ministério da Saúde já firmou convênios no valor de R$ 3 milhões para compra de equipamentos e reforma das instalações do pronto-socorro (PS) e a liberação de R$ 200 mil que facilitará a instalação de um Núcleo Interno de Regulação e aprimorará a informatização do gerenciamento de leitos. Com as reformas, o PS passará a ter uma UTI própria, além de uma unidade de referência especializada em pacientes coronarianos e outra para vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). E também contará com novos leitos de internação para seus pacientes.
Outra iniciativa implantada na unidade para melhorar a gestão dos leitos, por exemplo, é o uso de uma ferramenta de gestão, conhecida como Kan Ban, originalmente desenvolvida para a indústria. Com esta ferramenta é possível fazer o controle detalhado do tempo de permanência de cada paciente do pronto-socorro e dos procedimentos realizados em cada um, o que vem permitindo identificar e sanar gargalos.
Monitoramento
Desde o início deste mês, o Hospital Santa Marcelina monitora cada etapa do atendimento prestado em seu pronto-socorro por meio do Kan Ban, ferramenta de gestão introduzida na área hospitalar nos anos 90. O sistema permite visualizar em um quadro, em tempo real, cada etapa do atendimento realizado, evidenciando os gargalos que explicam porque muitos pacientes ficam no hospital além do tempo ideal. Os dados produzidos pelo Kan Ban nesses primeiros dias já permitiram identificar que 79% dos casos de permanência acima de 72 horas deve-se à falta de leitos de internação e só 17% à instabilidade clínica do paciente.
No Kan Ban, utiliza-se um quadro que apresenta cada um dos pacientes, identificados com cores diferentes de acordo com o tempo de permanência, mostrando o diagnóstico e os procedimentos realizados e pendentes. Junto com o Kan Ban – que deverá ser estendido a todo o hospital, o Santa Marcelina está criando um Núcleo Interno de Regulação para fazer o gerenciamento informatizado do fluxo interno de pacientes. Com o uso desta ferramenta, pretende-se reduzir o tempo de permanência, melhorar a resolutividade e a qualidade do atendimento, investindo da melhor forma nos recursos humanos e materiais.
Mudança
Para sanar a deficiência de leitos, o S.O.S Emergências busca ampliar a abertura de novos leitos, além de aumentar o valor das diárias pagas. No hospital Santa Marcelina está prevista a qualificação de 183 leitos de internação (35 novos), além de 50 leitos de UTI. Com as reformas, o pronto-socorro ganhará uma Unidade de Terapia Intensiva própria com 14 leitos e uma UTI especializada com sete leitos coronarianos e sete para vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), e duas enfermarias, salas de estabilização e de isolamento.
O hospital também está aprimorando o Sistema de Acolhimento e Classificação de Risco dos pacientes que chegam ao PS, para garantir atendimento prioritário de casos mais graves. Ao mesmo tempo, uma equipe multidisciplinar interna elabora uma série de protocolos clínicos para padronizar os procedimentos adotados pelos diversos profissionais de saúde em cada caso.
Ainda na área de melhoria de processos, o Santa Marcelina já instituiu o atendimento horizontal no serviço de urgência, com a permanência do mesmo médico – durante toda a semana no PS – para garantir a continuidade dos tratamentos. Outra ação idealizada pelo NAQH que consta no plano de ação do hospital Santa Marcelina é a construção de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima ao hospital, que atenderá os casos de menor gravidade, deixando o PS de Alta Complexidade para os pacientes que precisam desses recursos.
Fonte SaudeWeb
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