Fadiga, cansaço, dor no peito são alguns dos sintomas da hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma doença rara, caracterizada pela dificuldade da passagem de sangue por dentro do pulmão.
“Esse aumento de resistência à passagem do sangue sobrecarrega o coração e pode levar à insuficiência cardíaca”, diz o pneumologista Carlos Jardim, do Núcleo Avançado do Tórax, do Hospital Sírio Libanês. Como os sintomas são similares ao de outras doenças, muitas pessoas demoram a receber o diagnóstico precoce de HAP – fundamental para melhorar a qualidade de vida ou sobrevida de um paciente.
Os sintomas iniciais são bastante inespecíficos. A queixa mais comum, explica o pneumologista, é cansaço aos esforços habituais, ou seja, subir escadas, andar à pé ou outras atividades que o paciente realizava sem notar o esforço. “O exame que estabelece a suspeita mais precocemente é o ecocardiograma (ultrassonografia do coração). Entretanto, o diagnóstico definitivo só pode ser obtido com a realização de um cateterismo”, completa.
Existem diversos tipos de tratamento e cada um é ajustado de acordo com o mecanismo principal da doença, gravidade, fatores associados, etc. A maioria dos tratamentos é administrado por via oral. “Algumas medicações são administradas por via inalatória. No Brasil ainda não dispomos de tratamento intravenoso”.
Transplante de pulmão é alternativa, mas riscos são grandes
Um das alternativas para o tratamento da HAP é o transplante de pulmão, mas as estatísticas brasileiras não são animadoras. No Brasil já foram feitos mais de cem transplantes pulmonares, mas apenas quatro pacientes com hipertensão arterial se submeteram ao procedimento e todos morreram. O caso mais recente foi o jornalista Ale Rocha, que morreu após um transplante de pulmão no início de dezembro do ano passado. Ale ficou famoso por seu trabalho como crítico de televisão.
“É um procedimento bastante complexo. Infelizmente poucos transplantes em hipertensão pulmonar foram realizados aqui no Brasil. Mas em outros países há muitos pacientes que se beneficiam do transplante de pulmão”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário