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quarta-feira, 14 de março de 2012

Como atingir maior compromisso do paciente?

O estágio 2 do Uso Significativo (MU - Meaningful Use) exige maior compromisso online do paciente, destacando a importância do provedor estimular a comunicação entre eles

Cedo ou tarde, todos recebem notícias desagradáveis sobre sua própria saúde, ou da saúde daqueles que amam. Quando o médico dá essa notícia, o paciente em estado de choque geralmente não ouve o que o profissional fala após o primeiro baque. Ter outra pessoa acompanhando é ótimo, mas nem sempre possível. O novo estágio 2 das regras do Uso Significativo (Meaningful Use, na sigla em inglês) pode ajudar.

Sob as regras do estágio 2, os provedores elegíveis e hospitais devem dar acesso a mais informações a uma maior porcentagem de pacientes em menos tempo. Algumas propostas do estágio 2 para o comprometimento do paciente continuam as mesmas do estágio 1, enquanto outras mudaram.

Por exemplo, o estágio 2 exige que o resumo clínico seja fornecido aos pacientes dentro de 24 horas para mais de 50% das visitas aos consultórios. Isso diminui o tempo de três dias exigidos no estágio 1. Outra proposta do estágio 2 exige que 50% dos pacientes que têm alta das salas de emergências ou internações tenham suas informações disponíveis dentro de 36 horas. No estágio 1, a exigência era de 10% dos pacientes.

Entre as novas exigências, está que 10% dos pacientes liberados de hospitais ou consultados por meio de pronto-socorros eletrônicos, baixem ou transmitam para terceirizados suas informações de saúde. Também há a nova exigência que os médicos elegíveis usem mensagens eletrônicas segura para comunicar informações relevantes para 10% dos pacientes durante o período MU.

Apesar de essas mudanças parecerem mínimas, indicam um crescente conhecimento de quão importante é para os fornecedores de saúde se comunicarem com pacientes e eles terem mais acesso a suas informações.

Para os pacientes terem acesso a suas informações, também precisam ficar cientes da disponibilidade delas. Conseguir que 10% dos pacientes baixem, visualizem ou transmitam instruções de alta, referentes a recentes hospitalizações não será possível se os pacientes não souberem dessa função.

Também suspeito que muitas pessoas que não foram recentemente hospitalizadas ou que sofram de uma doença grave – ou que não estejam cuidando de alguém com problemas de saúde – achariam interessante ter acesso às suas informações de saúde periodicamente. Os consumidores precisam saber que a informação está disponível e os fornecedores de saúde devem ser proativos e anunciá-las.

Alguns provedores de saúde dizem que os pacientes geralmente não exigem acesso às suas informações a não ser que queiram consultar um novo médico, especialista ou para uma segunda opinião. Talvez alguns desses pacientes não saibam o que estão perdendo ao não ter esse acesso, mesmo se pensarem que é apenas conteúdo de rotina. Não seria interessante se pacientes mais velhos pudessem visualizar suas informações clínicas durante a consulta e depois compartilhá-las com outros membros da família, para que haja uma checagem dupla para que as instruções sejam realizadas de acordo?

Participação crítica
Um estudo lançado nessa semana pela National eHealth Collaborative (NeHC) – um organização pública e privada de saúde focada na melhoria de compartilhamento de informações de saúde interoperáveis – descobriu que quase todas as organizações de saúde pensam que o comprometimento dos pacientes é crítico para a transformação da área.

De fato, das 185 organizações que participaram da pesquisa online da NeHC realizada no meio de fevereiro, 77% afirmou que o comprometimento do paciente é “muito importante” para transformar a saúde e 18% afirmou que é “importante”. Apenas 5% acha que esse comprometimento é “de alguma maneira importante” e ninguém classificou como “sem importância”.

Ainda assim, “apesar dos consumidores quererem acesso à informação básica de saúde, o desafio é comprometer as pessoas que não têm problemas crônicos de saúde ou que visitam seus médicos mais de uma vez por ano”, afirmou Kate Berry, CEO da NeHC em uma entrevista para o Information Week Healthcare durante a conferência HIMSS12 em Las Vegas.

Claro que também é possível comprometer o paciente por meio de troca de informações de saúde (HIEs), que são organizações que facilitam o compartilhamento regional ou estadual dos dados entre os profissionais de saúde. Como observa Berry, “alguns buscam envolver os consumidores… mas precisam observar as questões de consentimento dos pacientes”.

Alguns HIEs procuram incorporar portais de pacientes em suas ofertas de serviços ou colocar informações de saúde dentro dos registros que pacientes podem acessar. Entretanto, “alguns HIEs dizem que não é seu papel dar acesso ao paciente e sim dos provedores”.

Quando questionados para definir o comprometimento do paciente, 64% dos respondentes dissera que é “melhor refletido” com fontes online e material de educação para informar pacientes sobre saúde e condições de saúde; 59% afirmaram que os pacientes usando ferramentas e fontes online para gerenciamento de seus registros de saúde e outros dados; e 41% disse que é o paciente se sentir confortável em conversar com seu médico quando algo não parece certo ou claro.

Cedo ou tarde a habilidade de verificação de resultados de exames ou informações eletrônicas de saúde será tão comum e fácil quanto visitar seu banco online. Da mesma forma, pacientes poderão enviar para seus médicos mensagens seguras quando não entenderem os resultados e conseguir respostas por meio de informações educacionais por meio de links.

A proposta do estágio dois do uso significativo pode ajudar a encorajar todo o tipo de melhoria do comprometimento do pacientes. Mas os fornecedores de saúde precisam esclarecer esses pontos para que eles procurem, usem e participem dos recursos.

Fonte SaudeWeb

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