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terça-feira, 24 de abril de 2012

Mães optam por produtos naturais para cuidar da beleza dos filhos desde cedo

Gigantes da cosmética também investem em produtos infantis com menos química

Especialista em Medicina Integrada que vive em Nova York, Ami Shah Nagarajan, 38 anos, calcula gastar uns US$ 150 (R$ 280) por mês com produtos para seus gêmeos de três anos.

— Gasto mais com produtos para eles do que para mim. Mas acho que vale a pena comprar algo que seja puro — pondera.

Embora Ami afirme que já se preocupava em usar produtos de beleza com o mínimo de química mesmo antes de ter filhos, outras mães se tornaram mais conscientes depois de dar à luz. Zoe Schaeffer, 35 anos, de Los Angeles, disse que gasta de US$ 150 a US$ 200 (R$ 374) por mês em vários produtos de uma linha natural para os três filhos, que têm entre três meses e quatro anos.

— Eu mesma não faço questão de nada natural, mas acho importante que os produtos dos meus filhos sejam puros e não tóxicos, porque a pele deles é muito novinha — explica.

Nos últimos cinco anos, a categoria premium de produtos para a pele do bebê, que geralmente inclui marcas naturais e orgânicas, cresceu muito. Segundo a Euromonitor International, empresa de pesquisa de mercado londrina, as vendas dessa categoria, só nos EUA, cresceram 68% de 2005 a 2010. Em contraste, as vendas das linhas infantis comuns subiram apenas 16% no mesmo período.

Na Diapers.com, uma das maiores lojas virtuais de artigos infantis dos EUA, a categoria de produtos para a pele cresceu mais de 180% nos últimos três anos, com a maior parte das vendas vinda de marcas de artigos naturais. Mesmo a gigante dos cosméticos, a Sephora, resolveu apostar no mercado infantil e começou a vender, em maio de 2010, a Lavanila, uma linha de produtos naturais exclusivos em 150 de suas lojas.

O problema é que a oferta de opções naturais e orgânicas no mercado é tamanha que é de enlouquecer — como geralmente também é o caso dos preços.

Essas linhas usam ingredientes, muitas vezes orgânicos, como óleo de amêndoas e açafrão, extratos de flores e aloe vera, e não contêm produtos químicos como parabenos, sulfatos e ftalatos, que muitos estudos ligaram a uma série de problemas, como irritação da pele.

Presidente da California Baby, precursora entre as linhas exclusivas, Jessica Iclisoy diz que o preço mais salgado se justifica:

— Usar ingredientes naturais como calêndula sai muito mais caro do que usar química abrasiva, como sulfatos e sulfitos.

Sofisticação não implica qualidade
O fato é que os bebês consomem certos itens como lenços úmidos e loções numa rapidez assustadora — e qual é a mãe que nunca rangeu os dentes quando viu o filho despejar metade do frasco de xampu na banheira?

Entretanto, muitos pais afirmam que esses produtos não são luxo, mas, sim, necessidade. Amy Shea, 33 anos, vendedora de produtos médicos de Boston, garante que um xampu natural acabou com o tampão de berço (dermatite seborreica) da filha.

— Mudou a minha vida. Não é frescura, são coisas práticas que fazem bem para os meus filhos.

Só que nem todos os dermatologistas aceitam a ideia: a médica Sheryl D. Clark, professora assistente de Dermatologia da Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, diz que produtos para a pele, naturais ou não, podem ser prejudiciais para bebês com menos de seis meses — e se a criança apresentar sinais de alergia, é melhor procurar um médico que identifique o problema do que testar uma bateria de produtos caros:

— A pessoa acha que, porque está pagando caro, o produto é bom, mas nem sempre isso é verdade.

Fonte Zero Hora

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