CBE Embrarad, líder no segmento, planeja mais duas unidades para dobrar capacidade e estuda trazer novas tecnologias para o mercado brasileiro
Três são as formas de esterilizar materiais de saúde como seringas, luvas cirúrgicas, embalagens, medicamentos, implantes dentários, entre outros. Uma é feita por meio de vapor em alta temperatura, outra por óxido de etileno (EtO) e a terceira por irradiação com raios gama. Esta última, a mais cara, em termos de infraestrutura, é o grande foco da CBE Embrarad, que lidera os serviços de esterilização e redução de carga microbiana na América Latina (AL).
Fundada há 15 anos, com fábrica em Jarinu e Cotia, no Estado de São Paulo, a companhia presta serviços para fornecedores de materiais médicos descartáveis, processando em média 20 mil metros cúbicos por mês de produtos de saúde e 40 mil toneladas de carregamentos de outros setores como, por exemplo, cosméticos, nutrição animal, alimentação humana, entre outros.
Inserida em um mercado que movimenta em torno de R$ 350 milhões por ano e que cresce entre 8% a 10%, a CBE Embrarad projeta aumentar o volume de suas operações em 50% para os próximos três anos. Com investimentos de R$ 20 milhões, a companhia está construindo uma nova unidade em Jarinu e já planeja outra para 2013, ainda sem local escolhido. Para se ter uma ideia, no mundo, esse segmento fatura entre US$ 3 bilhões e US$ 3,5 bilhões ao ano.
“Estamos olhando para mais uma nova tecnologia para trazer ao mercado”, afirma o vice-presidente da CBE Embrarad, Fernando Reichmann, que não descarta a possibilidade de investir em outras formas de esterilização além dos raios gama.
Atualmente, o mercado brasileiro é bastante pulverizado por empresas que fazem a esterilização por meio do óxido de etileno (EtO). “A instalação de uma unidade com radiação gama de grande capacidade custa, em média, R$ 50 milhões. Já, com óxido de etileno, uma câmera de um metro cúbido, de R$ 200 mil, já é o suficiente”, conta Reichmann.
Apesar das diferentes tecnologias, a média de preços é a mesma, variando entre R$ 50 a R$ 150 por metro cúbico.
Na visão do executivo, uma das grandes vantagens da irradiação é que o produto pode ser utilizado logo após o processo, que dura alguns minutos, diferente do EtO, que necessita ficar 40 dias “parado”, a chamada quarentena.
A flexibilidade da tecnologia via irradiação é outro aspecto ressaltado por Reichmann, que deixa claro que a estratégia da companhia é aumentar escala para baixar o custo.
Fonte SaudeWeb
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