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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ocitocina: o hormônio da compreenção

A ocitocina é um hormônio associado ao amor. Os níveis de ocitocina em jovens pais e mães são altos, e este é um dos motivos que faz com que eles fiquem completamente “bobos” diante de seus filhos recém-nascidos. Ele também contribui para que as mamães comecem a lactar e amamentar. Mas a ocitocina não é só um hormônio “família”. Após o ato sexual, a concentração de ocitocina também aumenta. E estudos já demonstraram que casais que brigam muito dialogam melhor quando inalam o hormônio em sua forma artificial também. É o hormônio “paz e amor”.

A mais nova descoberta sobre o hormônio do amor agora diz respeito às emoções. Quanto mais ocitocina presente no ambiente, maior o nível de entendimento das emoções alheias. É essa a conclusão de um estudo conduzido por Siri Leknes, da Universidade de Oslo.

Durante semanas seguidas a pesquisadora acompanhou um grupo de 40 participantes que inalavam a ocitocina em sua fórmula artificial, enquanto um grupo controle inalava sprays nasais contendo água. Após essa inalação, os participantes eram observados ao descreverem as emoções de atores fotografados em cenas dramáticas.

Aqueles que haviam inalado a ocitocina tiveram melhores respostas aos sentimentos observados, enquanto o grupo controle apresentava diversas dúvidas sobre determinadas imagens, onde as emoções pareciam ser dúbias ou menos óbvias.

“A ocitocina parece ter intensificado a atenção dos participantes nas emoções apresentadas nas fotos. Até mesmo mais nuances sobre as emoções foram apontados. Faces expressando raiva muitas vezes variavam suas interpretações entre ódio e frustração ou infelicidade, enquanto as faces felizes eram vistas como radiantes, algo muito além da alegria em si”, explica a pesquisadora.

Outro dado interessante apontado pelos autores da pesquisa é que pessoas com menores níveis de empatia – algo observado nas entrevistas preliminares – tinham as maiores melhoras na sua interpretação da emoção alheia.

“Há pessoas que têm grande dificuldade de interpretar a emoção de alguém com quem ela está conversando. A ocitocina reverteu essa situação, ou seja, aqueles com maiores déficits na empatia foram os que mais se beneficiaram do uso do hormônio”, diz Leknes.

Estas dificuldades de empatia são observadas em especial em indivíduos com certos transtornos mentais (como a depressão, transtornos sociais, fobias e mesmo problemas mais sérios como o autismo ou a Síndrome de Asperger) e dependentes de álcool e outras drogas.

“A ocitocina pode não ser a cura desses transtornos, mas pode ser um tratamento suplementar que ajude algumas pessoas a superar problemas de interação social. Se nossos resultados forem replicados e confirmados por outras pesquisas, é possível termos uma estratégia simples para melhorar a forma como alguns indivíduos interagem com pessoas em situações de socialização”, finaliza Leknes.

Fonte O que eu tenho

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