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terça-feira, 4 de setembro de 2012

'Necessidade de tomar muito líquido é mito novo', diz nefrologista

Se você não está praticando exercícios físicos, não há necessidade de fiscalizar a sua ingestão de água ou de estabelecer metas de consumo, diz o nefrologista Antonio Carlos Seguro, do Hospital das Clínicas de SP.
 
"Décadas atrás não tinha esse mito de tomar muita água. Mais água não fará o seu rim funcionar melhor. Ao contrário: é até perigoso se o órgão não estiver funcionando bem", diz ele.
 
Pessoas que têm uma alimentação adequada não precisam se preocupar com o risco de desidratação. "Normalmente já ingerimos uns 2,2 litros de água por dia entre alimentos sólidos e líquidos."
 
A perda de água acontece por meio de urina, fezes, suor e respiração. Quando o tempo está seco, como nas últimas semanas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, há uma perda maior por meio da respiração, de acordo com o fisiologista Turíbio Leite de Barros. Por isso, recomenda-se aumentar a ingestão do líquido nesse período.
 
A desidratação pode deixar a pele seca, causar taquicardia, reduzir a pressão arterial, dar dor de cabeça e tontura. Um sinal de alerta é a urina mais densa e amarelada, mesmo durante o dia, explica Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
 
Prevenção
Para a nutricionista Heloisa Guarita, é melhor prevenir e se hidratar "mesmo sem sede" e não só durante a prática esportiva: "Nosso corpo é composto por 70% de água. A pessoa que bebe pouco líquido tem a pele mais seca e o intestino também não funciona muito bem".
 
De acordo com o nefrologista Seguro, a ingestão programada de água só é útil para pessoas com pedras nos rins ou que já tiveram infecção urinária. "Aí é interessante ingerir de dois a dois litros e meio por dia."
 
Outra exceção, segundo Santos, é no caso da pessoa idosa. Nos mais velhos, o mecanismo da sede fica alterado. "É importante oferecer água para essas pessoas de tempos em tempos."
 
Em relação às crianças, a preocupação maior é durante a prática de exercícios físicos em sequência. "Muitas fazem horas de atividade e não há um intervalo para o corpo se reidratar", diz Flávia Meyer, pediatra, médica do esporte e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 
Ela não vê problemas no consumo de isotônicos por crianças "atletas", desde que elas pratiquem pelo menos três horas de atividade física três vezes na semana.
 
O consumo de bebidas esportivas também é útil para crianças com diarreia, segundo o médico do esporte Luiz Oswaldo Rodrigues.
 
 
Editoria de Arte/Folhapress
 
 
Fonte Folhaonline

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