Produto de fator 50 chega a reduzir síntese da substância no organismo em 95%
Passar protetor solar em excesso é uma atitude de risco em relação à osteoporose, alerta o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo), de São Paulo.
— É um comportamento de risco principalmente para pessoas de pele clara. Passar a vida inteira evitando a exposição ao sol pode deixar o organismo deficiente de vitamina D. Um número crescente de pessoas, um em cada três adultos, sofre de deficiência de vitamina D devido à falta de exposição ao sol e à má alimentação. Essa condição aumenta o risco de osteoporose e fraturas em até 60% — explica o médico.
Segundo ele, cerca de 90% da vitamina D no nosso organismo é produzida pela pele com a ajuda da luz solar. Os raios ultravioleta convertem o colesterol em vitamina D. Apenas uma pequena quantidade do nutriente é obtida por meio de dieta.
— Não há dúvidas que o risco de câncer de pele é real. Há uma linha tênue entre a obtenção de uma quantidade suficiente de vitamina D e o de não ter aumentando o risco de câncer de pele. Usar um protetor solar fator 50, por exemplo, pode diminuir a síntese de vitamina D em 95%, o que efetivamente para a produção do nutriente no organismo — alerta o reumatologista.
De acordo com Lanzotti, todos precisam de exposição ao sol com a pele desprotegida, mas o tempo desta exposição varia de indivíduo para indivíduo.
— Em geral, quanto mais rápido sua pele tende a queimar, mais rápido seu organismo produz vitamina D, diz ele. Assim, uma pessoa de pele muito clara não precisará mais do que 10 minutos ao sol sem proteção — diz.
Lanzotti conta porque a prevenção é fundamental quando se fala de osteoporose.
— Segundo um relatório elaborado pela Fundação Internacional de Osteoporose, o melhor é prevenir, pois a baixa adesão à terapia por parte dos pacientes é um fator recorrente — diz.
Medicamentos que protegem os pacientes da perda óssea podem ser administrados diariamente, semanalmente, trimestralmente, mensalmente ou até anualmente.
— Para os que têm problemas com o ritual de ingestão dos comprimidos que combatem a osteoporose, há a opção do tratamento intravenoso anual — informa o médico.
Fonte Zero Hora
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