"O defeito no ritmo da fala tem impacto na qualidade de vida da pessoa com gaguez, através da repetição de palavras, sílabas ou sons, bem como dos bloqueios ou tiques faciais", explica Tiago Grave. O terapeuta da fala acrescenta que, apesar de a gaguez ser irreversível, a fluência verbal pode ser melhorada com tratamentos.
Os gagos raramente dizem que gaguejam e preferem referir que têm um problema de fala. Costumam fugir às palavras e letras em que gaguejam mais. "A gaguez é ainda um problema invisível e pouco reconhecido pelo Estado. Não há apoio suficiente às pessoas com gaguez, particularmente em idade escolar. A sociedade vai marginalizando estas pessoas no acesso ao emprego e à terapia da fala. Falta igualdade de oportunidades e mais tolerância", reconhece Luís Rocha, vice-presidente da Associação Portuguesa de Gagos (APG).
Sendo um comportamento involuntário, pedir uma água quando se quer um café ou comprar um bilhete de comboio para uma estação diferente daquela a que se pretende chegar podem ser situações comuns no dia-a-dia de um gago, segundo a APG.
A terapia da fala é uma das áreas indicadas para o diagnóstico e tratamento da gaguez. Os especialistas defendem a genética como origem do problema, pois a maioria das crianças que gaguejam têm um familiar directo que também é gago.
Fonte Correio da Manhã
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