Phthirus pubis, conhecido como piolho-da-púbis ou chato |
O assunto foi alvo de uma extensa reportagem da agência Bloomberg.
"Os chatos costumavam ser extremamente comuns, mas agora raramente são vistos", disse Basil Donovan, chefe do departamento de Saúde Sexual da Nova Gales do Sul.
Embora não seja conhecido que eles transmitam alguma doença, esses parasitas provocam muita coceira e infecções subsequentes e são transmitidos por contato direto com pelos infestados durante o ato sexual.
Ironicamente, o fenômeno do "desaparecimento" ligado à depilação sugere uma maneira alternativa de se lidar com as infestações por chato. Em geral, eles são combatidos com inseticidas locais.
Um trabalho científico publicado em 2011 mostra que a retirada total dos pelos pubianos não é exclusividade do sexo feminino. A maioria dos universitários, de ambos os sexos, dos Estados Unidos e da Austrália já aderiram à "moda".
Ressalvas
O pesquisador do laboratório de educação em ambiente e saúde do Instituto Osvaldo Cruz, Fiocruz, Julio Vianna Barbosa contesta a hipótese de que os chatos teriam se tornado menos comuns devido à depilação. Segundo ele, na ausência de pelos púbicos, o chato migra para qualquer outro lugar onde ainda tenha pelos, já que o animal precisa se prender em pelos com suas 'garras' fortes para se alimentar e se reproduzir.
"A depilação pode diminuir a possibilidade de infestação, entretanto, como o Phthirus pubis é um ectoparasita humano especializado, ele vai procurar outras regiões do corpo para parasitar. Isso acontecerá por uma simples questão de sobrevivência e adaptação biológica", disse Barbosa.
Segundo ele, as regiões clássicas onde eram comumente encontradas as três espécies de piolho humano --o de cabeça, de corpo e o da púbis-- estão mudando, e muito em função de mudanças de comportamento e higiene.
Existem casos em que o piolho de cabeça é encontrado no corpo. Em outros casos, o piolho-da-púbis ou chato é encontrado no cabelo, nos cílios e nas sobrancelhas. Quando lêndias são encontradas, elas são os ovos dos piolhos que parasitam humanos.
Fonte Folhaonline
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