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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Focos do mosquito transmissor da dengue no Rio serão monitorados em tempo real

Rio de Janeiro – O monitoramento em tempo real dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, é mais uma das ações adotadas pelo governo fluminense com objetivo de agilizar combate à doença no estado. O projeto Monitora Dengue, anunciado ontem (15), prevê a distribuição de 10 mil smartphones (celulares inteligentes com função de computador) para os agentes municipais de saúde. Eles vão usar os aparelhos para passar informações, em tempo real, sobre a ocorrência de focos do mosquito.
 
Os profissionais de saúde vão preencher formulários contendo informações sobre os locais vistoriados e a situação dos domicílios com o objetivo de mapeá-los. Segundo o governo do estado, o projeto dará inteligência à elaboração de relatórios com os dados coletados, adiantando o tempo de resposta para a implementação de medidas contra a doença, além de tornar mais rápido o atendimento aos pacientes.
 
O primeiro local a receber a nova tecnologia será o município de Magé, que deverá usá-la a partir de fevereiro. Os aparelhos serão distribuídos às cidades que aderiram ao projeto e que disponibilizarem agentes para a capacitação. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vai ceder os aparelhos, os mesmos utilizados no último censo.
 
O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, disse que o equipamento será um importante instrumento de controle dos focos do Aedes aegypti. “Nós vamos controlar o seu trabalho [do agente de saúde] e saber exatamente quantas casas ele visitou, já que o agente deve fotografar quando encontrar um macro foco”, disse.
 
Sobre o aumento dos casos de dengue em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, região atingida por uma enxurrada no começo deste mês, o secretário disse que o lixo não recolhido pela administração municipal anterior foi agravada com o temporal, criando uma situação favorável para a proliferação do mosquito transmissor.
 
“Logo depois a gente tem uma chuva, onde fica tudo alagado. E então de 5 a 6 dias depois vem o sol, os ovos se espalharam na cidade, os mosquitos começaram a eclodir. Como há um número alto de pacientes que já teve a doença na região, você tem a possibilidade de transmissão muito grande”, avaliou Côrtes.
 
Fonte Agência Brasil

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