Rio de Janeiro – O monitoramento em tempo real dos focos do Aedes
aegypti, mosquito transmissor da dengue, é mais uma das ações adotadas pelo
governo fluminense com objetivo de agilizar combate à doença no estado. O
projeto Monitora Dengue, anunciado ontem (15), prevê a distribuição de 10 mil
smartphones (celulares inteligentes com função de computador) para os
agentes municipais de saúde. Eles vão usar os aparelhos para passar informações,
em tempo real, sobre a ocorrência de focos do mosquito.
Os profissionais de saúde vão preencher formulários contendo informações
sobre os locais vistoriados e a situação dos domicílios com o objetivo de
mapeá-los. Segundo o governo do estado, o projeto dará inteligência à elaboração
de relatórios com os dados coletados, adiantando o tempo de resposta para a
implementação de medidas contra a doença, além de tornar mais rápido o
atendimento aos pacientes.
O primeiro local a receber a nova tecnologia será o município de Magé, que
deverá usá-la a partir de fevereiro. Os aparelhos serão distribuídos às cidades
que aderiram ao projeto e que disponibilizarem agentes para a capacitação. A
iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério da
Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vai ceder
os aparelhos, os mesmos utilizados no último censo.
O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, disse que o equipamento será
um importante instrumento de controle dos focos do Aedes aegypti. “Nós
vamos controlar o seu trabalho [do agente de saúde] e saber exatamente quantas
casas ele visitou, já que o agente deve fotografar quando encontrar um macro
foco”, disse.
Sobre o aumento dos casos de dengue em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense, região atingida por uma enxurrada no começo deste mês, o
secretário disse que o lixo não recolhido pela administração municipal anterior
foi agravada com o temporal, criando uma situação favorável para a proliferação
do mosquito transmissor.
“Logo depois a gente tem uma chuva, onde fica tudo alagado. E então de 5 a 6
dias depois vem o sol, os ovos se espalharam na cidade, os mosquitos começaram a
eclodir. Como há um número alto de pacientes que já teve a doença na região,
você tem a possibilidade de transmissão muito grande”, avaliou Côrtes.
Fonte Agência Brasil
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