Consumo deve ser moderado, isto é, ingerindo não mais do que duas latas ou copos por ocasião |
O padrão de consumo de cervejas no Brasil é culturalmente associado com celebrações, situações de negócios e eventos sociais. Ano a ano, a cerveja tem conquistado espaço no público feminino e em torno de 58% das mulheres já declaram preferência pela bebida, segundo pesquisas. Um dado interessante é que o consumo pela grande maioria (63%) delas tende a ser de forma moderada, isto é, ingerindo não mais do que duas latas por ocasião.
Com um teor alcoólico considerado baixo, entre 3 e 8%, a cerveja é uma bebida fermentada, produzida com ingredientes naturais como cevada e lúpulo e possui de 15 a 35% de compostos fenólicos, substâncias com potencial antioxidante que protegem o organismo dos radicais livres. Ao longo das últimas décadas, diversos estudos têm demonstrado que o consumo moderado de cerveja pode ser benéfico à saúde. Quando se fala em saúde da mulher, os benefícios observados com maior destaque são os relacionados à saúde cardiovascular, estendendo-se em menor escala para o controle do peso corporal, manutenção da saúde óssea e até para o envelhecimento de forma mais proveitosa.
Para o professor doutor em ciências biológicas pela UFRJ Fredson Costa Serejo, os benefícios são os mesmos para todas as idades, porém destaca-se o período da menopausa, principalmente no que diz respeito à saúde óssea.
— Nesta fase ocorre uma diminuição importante dos níveis de estrogênio, o que pode prejudicar a densidade mineral óssea, tornando-os mais frágeis. Tanto o malte quanto o lúpulo da cerveja são fontes de polifenóis que durante a fermentação produzem subprodutos dentre os quais os flavonóides, poderosos antioxidantes. Estes atuam prevenindo processos anti-inflamatórios e tem um poderoso efeito estrogênico que protege a massa óssea no período pós-menopausa — explica o especialista.
Os estrogênios são hormônios sexuais femininos envolvidos em diversas funções corporais. Estudos epidemiológicos demonstram que o risco de doenças cardiovasculares é maior em mulheres na fase de pós-menopausa, possivelmente porque os estrogênios participam do controle dos níveis de colesterol e da regulação da pressão arterial. Observou-se que o consumo diário de uma lata de cerveja ao longo de um mês poderia aumentar o colesterol HDL (colesterol bom) em mulheres, o que previne a deposição de placas de gordura nos vasos, além de favorecer o transporte do colesterol em excesso para o fígado, para que seja removido do organismo. Do mesmo modo, detectou-se que tal quantidade de cerveja seria capaz de reduzir os níveis de fibrinogênio, uma proteína envolvida na coagulação do sangue, em 80% dos indivíduos estudados, considerando que os altos níveis desta substância estão relacionados com a formação de coágulos que podem entupir os vasos sanguíneos. Segundo um estudo realizado com 6.793 indivíduos em três países europeus, quem consome doses moderadas de cerveja ainda apresenta menores níveis sanguíneos de alguns marcadores de inflamação, os quais quando aumentados, indicam maior risco de eventos cardiovasculares.
— A cerveja possui uma combinação de fatores nutricionais e antioxidantes, além da baixa concentração de álcool, que promovem a redução do risco do desenvolvimento de aterosclerose e infarto, assim como parece estar envolvida na proteção de doenças neurodegenerativas. Nutricionalmente destacam-se as vitaminas do complexo B, em especial a niacina, envolvida no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, que auxiliam no metabolismo energético do organismo — afirma o doutor Fredson.
O consumo moderado de cerveja seria também capaz de estimular a produção de um hormônio no tecido adiposo chamado adiponectina, que atua no metabolismo de gorduras. Níveis elevados desse hormônio estão associados com menor risco de doenças cardiovasculares e no melhor controle do peso corporal. O acompanhamento indicou que a ingestão diária de uma ou duas latas de cerveja por mulheres na pré-menopausa resultou em aumento dos níveis de adiponectina em torno de 8% após três semanas de consumo regular.
Com relação à saúde óssea, a cerveja é considerada fonte de silício, mineral que tem sido fortemente associado à redução da perda de massa óssea na fase de pós-menopausa, uma vez que está envolvido nos processos de produção de colágeno, componente fundamental dos ossos. A cerveja possui fitoestrógenos, que têm o potencial de mimetizar algumas das ações benéficas dos estrogênios naturais, como a renovação da estrutura óssea. Estudos que avaliaram a densidade de massa óssea de mulheres em pós-menopausa têm evidenciado resultados positivos quanto ao consumo moderado de cerveja e proteção contra a osteoporose nessa fase da vida.
O consumo dessa bebida leve e refrescante, cada vez mais apreciada pelo público feminino, pode trazer múltiplos benefícios à saúde da mulher quando consumida de forma moderada, sem esquecer-se da importância dos hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. Sabendo disso, que tal celebrar o Dia Internacional da Mulher brindando à saúde com uma latinha de cerveja?
Com um teor alcoólico considerado baixo, entre 3 e 8%, a cerveja é uma bebida fermentada, produzida com ingredientes naturais como cevada e lúpulo e possui de 15 a 35% de compostos fenólicos, substâncias com potencial antioxidante que protegem o organismo dos radicais livres. Ao longo das últimas décadas, diversos estudos têm demonstrado que o consumo moderado de cerveja pode ser benéfico à saúde. Quando se fala em saúde da mulher, os benefícios observados com maior destaque são os relacionados à saúde cardiovascular, estendendo-se em menor escala para o controle do peso corporal, manutenção da saúde óssea e até para o envelhecimento de forma mais proveitosa.
Para o professor doutor em ciências biológicas pela UFRJ Fredson Costa Serejo, os benefícios são os mesmos para todas as idades, porém destaca-se o período da menopausa, principalmente no que diz respeito à saúde óssea.
— Nesta fase ocorre uma diminuição importante dos níveis de estrogênio, o que pode prejudicar a densidade mineral óssea, tornando-os mais frágeis. Tanto o malte quanto o lúpulo da cerveja são fontes de polifenóis que durante a fermentação produzem subprodutos dentre os quais os flavonóides, poderosos antioxidantes. Estes atuam prevenindo processos anti-inflamatórios e tem um poderoso efeito estrogênico que protege a massa óssea no período pós-menopausa — explica o especialista.
Os estrogênios são hormônios sexuais femininos envolvidos em diversas funções corporais. Estudos epidemiológicos demonstram que o risco de doenças cardiovasculares é maior em mulheres na fase de pós-menopausa, possivelmente porque os estrogênios participam do controle dos níveis de colesterol e da regulação da pressão arterial. Observou-se que o consumo diário de uma lata de cerveja ao longo de um mês poderia aumentar o colesterol HDL (colesterol bom) em mulheres, o que previne a deposição de placas de gordura nos vasos, além de favorecer o transporte do colesterol em excesso para o fígado, para que seja removido do organismo. Do mesmo modo, detectou-se que tal quantidade de cerveja seria capaz de reduzir os níveis de fibrinogênio, uma proteína envolvida na coagulação do sangue, em 80% dos indivíduos estudados, considerando que os altos níveis desta substância estão relacionados com a formação de coágulos que podem entupir os vasos sanguíneos. Segundo um estudo realizado com 6.793 indivíduos em três países europeus, quem consome doses moderadas de cerveja ainda apresenta menores níveis sanguíneos de alguns marcadores de inflamação, os quais quando aumentados, indicam maior risco de eventos cardiovasculares.
— A cerveja possui uma combinação de fatores nutricionais e antioxidantes, além da baixa concentração de álcool, que promovem a redução do risco do desenvolvimento de aterosclerose e infarto, assim como parece estar envolvida na proteção de doenças neurodegenerativas. Nutricionalmente destacam-se as vitaminas do complexo B, em especial a niacina, envolvida no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, que auxiliam no metabolismo energético do organismo — afirma o doutor Fredson.
O consumo moderado de cerveja seria também capaz de estimular a produção de um hormônio no tecido adiposo chamado adiponectina, que atua no metabolismo de gorduras. Níveis elevados desse hormônio estão associados com menor risco de doenças cardiovasculares e no melhor controle do peso corporal. O acompanhamento indicou que a ingestão diária de uma ou duas latas de cerveja por mulheres na pré-menopausa resultou em aumento dos níveis de adiponectina em torno de 8% após três semanas de consumo regular.
Com relação à saúde óssea, a cerveja é considerada fonte de silício, mineral que tem sido fortemente associado à redução da perda de massa óssea na fase de pós-menopausa, uma vez que está envolvido nos processos de produção de colágeno, componente fundamental dos ossos. A cerveja possui fitoestrógenos, que têm o potencial de mimetizar algumas das ações benéficas dos estrogênios naturais, como a renovação da estrutura óssea. Estudos que avaliaram a densidade de massa óssea de mulheres em pós-menopausa têm evidenciado resultados positivos quanto ao consumo moderado de cerveja e proteção contra a osteoporose nessa fase da vida.
O consumo dessa bebida leve e refrescante, cada vez mais apreciada pelo público feminino, pode trazer múltiplos benefícios à saúde da mulher quando consumida de forma moderada, sem esquecer-se da importância dos hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. Sabendo disso, que tal celebrar o Dia Internacional da Mulher brindando à saúde com uma latinha de cerveja?
Fonte Diário Catarinense
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