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quinta-feira, 7 de março de 2013

Relação entre sistemas de saúde público e privado precisa ser revista

Pesquisa da Universidade de Brasília compara disparidades entre modelos de saúde do Brasil e outros países
 
Pesquisa desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB) revela que a relação entre os sistemas de saúde público e privado brasileiros precisa ser revista. De acordo com o estudo, o Brasil cobra impostos para sustentar o sistema público de saúde, mas dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 54% dos gastos nessa área são provenientes do setor privado. "Há, portanto, uma duplicidade, porque bancamos o sistema público e pagamos planos privados para garantir o atendimento de qualidade" , explica a pesquisadora responsável pelo estudo, Regina Parizi Carvalho.
 
Como base para o gasto do Brasil na área da saúde, a pesquisa cita o Reino Unido, também com assistência universalista (irrestrita a todos os cidadãos) como o Brasil, onde cada cidadão gasta em média, por ano, 2.893 dólares e o investimento público é de 84%.
 
Já em relação aos países da América Latina, o Brasil tem um investimento razoável, mostra a pesquisa. O país está no mesmo nível da Argentina, por exemplo.
 
Nos Estados Unidos, que contam com um sistema diferente, cada cidadão gasta, anualmente, 3.700 dólares em despesas com saúde. Esses dados são referentes a 2009, e fazem parte de um relatório elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e publicado em 2012.
 
Segundo o estudo, países europeus resolveram de diferentes formas a questão da duplicidade de gastos em saúde. Na Holanda, os 30% mais ricos pagam seus planos particulares uma vez que o Estado não provê subsídios a essa parcela da população. Na Alemanha, os cidadãos devem optar pelo serviço público ou particular. Na França, o sistema de saúde é público, mas complementado por seguros privados, principalmente na compra de remédios e em consultas médicas.

Custo da saúde
Dados apresentados pela UnB revelaram que nas cinco regiões do país existe uma relação direta e proporcional entre o número de médicos e quantidade de serviços e ofertas de planos de saúde. Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em média, cada família brasileira gasta cerca de 6% do seu orçamento com saúde.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, no mundo, 150 milhões de pessoas pagam a assistência médica privada do próprio bolso. A implicação disto é que a cada ano 100 milhões são empurrados para baixo da linha de pobreza devido à assistência de saúde que precisam pagar. " Essa relação é perversa e tem que mudar" , argumentou a pesquisadora.
 
Outro dado impressionante apresentado no estudo é a quantidade de ações judiciais movidas no Brasil sobre questões de saúde: 112.324, em 2010, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As queixas são dirigidas tanto para planos de saúde como para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações da UnB
 
Fonte isaude.net

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