Alzheimer é a doença que mais ameaça a saúde pública nos EUA |
Alzheimer é a doença que mais ameaça a saúde pública nos EUA. Já na Rússia, HIV / AIDS e álcool são os principais problemas. A violência tira vidas de jovens em grandes áreas da América Latina e, apesar das vitórias, na África Subsaariana as doenças infecciosas ainda causam centenas de milhares de mortes de crianças.
Estas são apenas algumas das conclusões do relatório Carga Global de Doenças, Acidentes e Fatores de Risco 2010 (GBD 2010) divulgas nesta terça-feira (5).
A iniciativa patrocinada pela Fundação Bill e Melinda Gates tem como objetivo quantificar a perda de saúde por idade, sexo e geografia ao longo do tempo. Liderado pelo Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, o relatório envolve cerca de 500 pesquisadores de todo o mundo.
Os levantamentos mostram as tendências de saúde por demografia, doença e incapacidade em 187 países. O trabalho, que inclui pesquisadores de mais de 300 instituições, em 50 países, incluindo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), gerou milhões de estimativas.
" Nosso objetivo é ajudar os governos e os cidadãos basear suas decisões sobre políticas de saúde e investimentos, munindo estes profissionais com informações de ponta, mas abrangentes e precisas. Com estas novas formas de interpretar as informações o mundo poderá compreender os incríveis progressos que estão sendo realizados na saúde e os desafios assustadores que ainda permanecem," afirmou Christopher Murray, diretor do IHME
Visualização de informações
A expectativa é que as ferramentas de visualização on-line permitam a pesquisadores de todo o mundo criar discussão mais ampla com os políticos e o público em geral. " Criamos essas visualizações de dados para ajudar as pessoas a explorar como doenças, ferimentos e fatores de risco impactam sua saúde. As visualizações tornam mais fácil para os usuários enxergar uma geral do problema ou um ponto específico por localização, faixa etária ou gênero, e, imediatamente, ter dados claros e atualizados em suas mãos," afirma o diretor de Desenvolvimento de Dados do IHME, Peter Speyer.
Os dados e visualizações revelam novos desenvolvimentos e problemas persistentes na saúde global. Uma das análises realizadas pelos pesquisadores mostram que a humanidade não pode parar de se preocupar com questões como HIV e mortes por malária ou morte de recém-nascidos e de suas mães. Ao mesmo tempo, são apontadas necessidades de aprimoramentos na abordagem das questões de saúde mental, acidentes de trânsito e doenças músculo-esqueléticas.
O mundo vive mais tempo, com menos saúde
De acordo com o relatório, a população mundial está aumentando e ficando mais velha, mas essas vidas mais longas são preenchidas com mais doenças e incapacitações. Nos EUA, por exemplo, a expectativa de vida média das mulheres passou de 78,6 anos em 1990 para 80,5 anos em 2010, mas apenas 69,5 dos 80,5 anos foram vividos com saúde. Ganhos similares e ainda mais dramáticos podem ser vistos em muitos países em desenvolvimento. Em Ruanda, a expectativa de vida para os homens aumentou de 48,2 anos em 1990 para 62 anos em 2010, mas eles passam quase nove desses anos adicionais em condições precárias de saúde.
A maior parte deste aumento da esperança de vida é devido ao grande progresso que tem sido feito na prevenção de mortes em crianças. Na Índia, em 1990, mais de 800 mil crianças com idades entre 1e 4 anos morreram. Até 2010, esse número caiu para 300 mil. No entanto, na África subsaariana, onde avanços significativos para a saúde têm sido feitas nas últimas duas décadas, doenças como a malária, infecções respiratórias inferiores, e a diarreia ainda permanecem no topo da lista de assassinos de crianças em 44 países.
Jovens
Em muitos países, as crianças que sobrevivem após a idade de 5 anos são atormentados por novas doenças mortais. Na Rússia, a Aids, o suicídio, e cirrose entre outras doenças relacionadas com o álcool, têm significado um grande peso na saúde dos jovens.
Na Colômbia e em outras partes da América Central e do Sul, a violência era a principal causa de morte entre os jovens. No Japão, que tem um dos melhores registos de saúde no mundo, o suicídio se tornou uma das principais causas de morte entre as mulheres jovens em 2010.
Adultos
Já na idade adulta, as pessoas são afetadas uma série de questões complexas de saúde, muitos das quais são incapacitantes, mas não mortais. No Brasil, dores lombares e no pescoço, e demais problemas osteomusculares causam uma quantidade desproporcional de deficiência e encargos para saúde publica.
Ansiedade, depressão, enxaquecas e outras doenças são questões que afetam a saúde de modo geral em países ricos e pobres. Nos EUA, a crescente taxa de expectativa de vida vem sendo acompanhada por um enorme aumento do declínio da saúde devido, principalmente, ao Alzheimer.
Riscos evitáveis
Saúde está em processo de erosão por riscos evitáveis, que causam doenças pulmonares, estresse, problemas músculo-esqueléticos e doenças relacionadas à obesidade.
Por exemplo, no Kuwait, os três principais fatores de risco associados com problemas de saúde são o índice de massa corporal elevado, os riscos alimentares e açúcar elevado no sangue, e a carga de incapacidade e morte prematura associada a cada um deles está subindo.
Na Tailândia, o número de anos de incapacidade e morte prematura atribuíveis ao elevado índice de massa corporal aumentou 208% entre 1990 e 2010. Na África do Sul, o número subiu 130%.
Fonte isaude.net
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