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quinta-feira, 7 de março de 2013

Equipe dos EUA cura câncer maligno em primeiro modelo de rato com a doença

Da esquerda para direita, Dr. Wei Mo, Lu Q. Le e Luis Parada
Foto: UT Southwestern Medical Center
Da esquerda para direita, Dr. Wei Mo, Lu Q. Le e Luis Parada
Pesquisa sugere novo alvo potencial para tratar tumores malignos da bainha do nervo periférico (MPNSTs) em humanos

Cientistas do UT Southwestern Medical Center, nos EUA, relatam o primeiro bloqueio bem sucedido do desenvolvimento de tumor em um modelo de camundongo genético de um câncer incurável humano.
 
Segundo os pesquisadores, esta é a primeira vez que um modelo de rato de um câncer maligno humano foi gerado em que a formação do tumor do começo ao fim pode ser monitorada e em que o bloqueio das vias curou os animais.
 
"Nós mostramos que o bloqueio da atividade de uma molécula receptora chamada CXCR4 nestes tumores, através da manipulação genética ou por bloqueio químico, inibiu o desenvolvimento do tumor. Em conjunto, estes dados revelam um alvo potencial para tratar tumores malignos da bainha do nervo periférico (MPNSTs)", afirma o autor sênior da pesquisa Luis Parada.
 
MPNSTs são tumores raros, mas altamente agressivos, que são resistentes à terapia e normalmente são fatais. As neoplasias malignas podem ocorrer esporadicamente em um subgrupo de pacientes com uma doença chamada neurofibromatose 1 (NF1), um dos distúrbios herdados mais comuns do sistema nervoso, que afeta um número estimado de 1 em 3.500 pessoas.
 
A gravidade da NF1 pode variar muito, mesmo entre membros da família, a partir de leves sintomas dermatológicos a tumores benignos que envolvem os nervos e podem ser desfigurantes, debilitantes e causar a morte, dependendo de onde se formam.
 
Além disso, os indivíduos com mau funcionamento do gene NF1 têm um risco aumentado de desenvolver tumores cancerosos, como MPNSTs.
 
Os investigadores geraram um modelo de rato inédito que desenvolve espontaneamente MPNSTs e compararam a atividade da expressão genética em tumores cancerosos e nas células precursoras que dão origem aos tumores, onde MPNSTs se desenvolvem.
 
Eles descobriram que uma proteína, CXCR4, essencial para o crescimento do tumor, é mais abundante nas células cancerosas do que nas células precursoras. Além disso, eles descobriram que uma molécula produzida pelas células cancerosas, CXCL12, trabalha com CXCR4 para promover o crescimento do câncer, estimulando a expressão da proteína ciclina D1 que promove a divisão celular por meio de uma via de sinalização.
 
Quando eles examinaram MPNSTs em humanos, os cientistas descobriram um aumento da expressão de CXCR4 acompanhado por atividade na mesma via, como a identificada em camundongos.
 
Em seguida, eles bloquearam a atividade de CXCR4 em ratos com MPNST usando manipulação genética ou um fármaco antagonista aprovado chamado AMD3100.
 
Ambas as estratégias inibiram o desenvolvimento de câncer em ratinhos cujos tumores expressaram maiores níveis de CXCR4, e foram menos eficazes em tumores sem expressão elevada de CXCR4. Eles identificaram a mesma situação nas células cancerosas humanas.
 
"Estamos muito encorajados por estes resultados, porque eles nos fornecem novas direções e janelas terapêuticas para combater esse tipo de câncer mortal, para o qual não existe tratamento", afirma o coautor sênior Lu Q. Le.
 
A equipe agora está planejando testes em humanos.
 
 
Fonte isaude.net

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