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sexta-feira, 15 de março de 2013

Hospitais fazem progresso, mas ainda têm desafios em EHR

Pesquisa com CIOs de saúde revela bom avanço na implantação de registro eletrônico de saúde, mas aumentam questões com equipes e interoperabilidade
 
Se a pesquisa anual da HIMSS (Heathcare Information and Management Systems Society) com CIOs indica alguma coisa, é que hospitais estão seguindo muito bem na jornada rumo ao uso significativo de registros eletrônicos de saúde (EHR, da sigla em inglês) e, finalmente, a cuidados mais seguros e com melhor custo-benefício. Mas os líderes de TI de saúde esperam ser desafiados, futuramente, por outras reformas na área de saúde, incluindo a obrigação de criar Organizações de Cuidados Responsáveis (ACOs).
 
Dos 298 CIOs entrevistados online entre dezembro e fevereiro, 66% disseram que suas organizações já foram qualificadas no estágio 1 de Uso Significativo, e outros 4% disseram esperam conseguir tal feito até o final de 2012. E 75% dos entrevistados, representando quase 600 hospitais por todos os EUA, disseram que planejam estar no estágio 2 em 2014, o primeiro ano do estágio 2, segundo anunciaram oficiais da HIMSS, na conferência anual da organização, em Nova Orleans.
 
Quase metade (47%) dos CIOs disse que o orçamento de TI teria que “aumentar significativamente” este ano, e outros 29% disseram que as despesas “provavelmente diminuiriam”. Apenas 15% disseram que o orçamento seria o mesmo, e 8% esperam uma queda.
 
Entre os entrevistados pela pesquisa, 21% disseram que o principal objetivo de negócio de TI para 2013 é sustentar a viabilidade financeira de suas organizações, um aumento em comparação aos 15% do ano passado. 19% disseram que o principal objetivo é melhorar os cuidados com os pacientes, uma pequena queda em relação a 2012. Há um ano, alcançar Uso Significativo era o principal objetivo de negócio, mencionado por 24% dos entrevistados, mas caiu para o 4º lugar na lista deste ano, com 15% das respostas.
 
“É uma consequência, que mostra que nossos entrevistados estão muito bem posicionados não apenas para alcançar o estágio 1, como o estágio 2 também”, disse Jennifer Horowitz, diretora sênior de pesquisa na empresa afiliada de pesquisas, HIMSS Analytics.
 
Mesmo que alguns tenham sofrido com tentativas de medir o retorno sobre o investimento de EHR, e outros tenham questionado se é possível obter ROI ao participar de um programa de Uso Significativo, a maioria dos entrevistados pelo HIMSS espera um retorno positivo no estágio 1.
 
Cerca de 30% dos CIOs de hospitais disseram que planejam ver ROI de até US$2 milhões no estágio 1. Outros 23% esperam retorno entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões no estágio 1, enquanto 16% avaliam o retorno entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões.
 
Embora a pesquisa não tenha perguntado se alguém esperava perder dinheiro nos estágios 1 ou 2, o CEO da HIMSS, H. Steven Lieber reiterou a antiga crença da organização de que o bônus do Uso Significativo nunca se propôs a cobrir, completamente, os gastos com EHR e que o governo não irá “comprar” sistemas de TI de saúde de provedores de serviços de saúde. “É muito mais uma questão de decisão de política [de participar do programa de Uso Significativo] do que uma decisão financeira”, disse Lieber. “É uma questão de valor de longo prazo” em termos de ganhos com qualidade e segurança do paciente.
 
Quando perguntamos em que ponto a TI teria mais impacto no cuidado com pacientes, 31% disseram que seria no aprimoramento da qualidade dos resultados, em comparação aos 38% no ano passado, mas ainda a resposta mais comum. Outros 25% disseram que seriam na redução de erros médicos, enquanto 12% endossaram a padronização dos cuidados clínicos. “As três principais áreas aqui, realmente são resultados diretos para os pacientes”, disse Horowitz.
 
Curiosamente, a ativação do acesso remoto de dados estava bem no fim da lista, com apenas 5%, enquanto meros 3% disseram que fornecer monitoramento remoto de pacientes pode causar ótimo efeito nos tratamentos. No ano passado, ninguém falou em monitoramento remoto de pacientes.
 
“Todos estão discutindo sobre isso e percebendo que pode fazer diferença em cuidados responsáveis” disse Mike Rozmus, VP e CIO do RMH Healthcare, afiliado do Sentara Healthcare, que opera o Hospital Rockingham Memorial, em Harrinsonburg, Virginia.
 
No entanto, cuidados responsáveis continuam sendo castelos no ar e tiveram de ser postos de lado durante a reconstrução geral da infraestrutura de TI. “É preciso pavimentar o último quilômetro antes de liberar a rodovia”, de acordo com Rozmus. Neste momento, os CIOs não estão pensando nisso.
 
Outros aspectos da reforma de saúde também estão na mente dos CIOs. Cerca de 37% mencionaram a reforma da saúde como a questão de negócio com mais impacto na indústria este ano, um pouco menos dos 40% em 2012. Isto, segundo Horowitz, inclui ACO e reformulação salarial. A segunda resposta mais comum foi consideração financeira, mencionada por 16% dos entrevistados. Obrigações políticas, incluindo o Uso Significativo, caíram para 14%, de 23% no ano passado.
 
O principal foco clínico da TI entre os CIOs é o ter EHR completamente operacional em vigor, mencionado por 19% dos entrevistados, contra 25% no ano passado. O foco em sistemas médicos e a ligação de sistemas clínicos com medidores de qualidade empataram em segundo lugar, com 16% cada. “Os três principais aqui, realmente são sistemas-chave”, disse Horowitz.
 
21% dos entrevistados expressaram preocupação sobre não poderem acompanhar as necessidades das equipes, e sua principal necessidade é especialidade em informática clínica. Isto está de acordo com relatórios anteriores que sugerem uma séria falta de mão de obra especializada em TI de saúde.

Fonte: Niel Versel | InformationWeek EUA; replicada pela InformationWeek Brasil
 
Por Saudeweb

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