Estudo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) analisou como o ambiente no qual se vive influencia na qualidade de vida de portadores de diabetes mellitus.
Desenvolvido pela nutricionista Simara Maria Barboza, o estudo fez um levantamento da qualidade de vida dos pacientes diabéticos em quatro domínios: físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais. Ao todo, participaram do estudo 90 pacientes com diabetes tipo 2 divididos em dois grupos: um com controle glicêmico satisfatório e outro com controle glicêmico insatisfatóri. Esse índice foi medido através da realização de exame de hemoglobina glicada.
Os voluntários tinham idade média entre 40 e 79 anos e pelo menos um ano de diagnóstico da doença. Um grupo controle serviu como base de comparação.
Os voluntários responderam a dois questionários: um referente às características sócio-demográficas e clínicas; e outro chamado WHOQOL-BREF, que buscou mensurar a qualidade de vida através de questões que mensuravam os quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente).
A pesquisadora explica que o domínio físico refere-se à dor, de desconforto, energia, fadiga, repouso, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou de tratamentos e capacidade de trabalho. O domínio psicológico trata dos sentimentos positivos e negativos, pensar, aprender, memorizar, concentração, auto-estima, aparência e espiritualidade. Já o domínio das relações sociais se refere ao apoio social e atividade sexual. E o domínio meio ambiente traz o próprio ambiente físico, o transporte, a segurança física, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde, oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, oportunidades de lazer.
Analisando os resultados de cada domínio, a pesquisa mostra que existe baixa satisfação da qualidade de vida nos domínios psicológico, seguido pelo físico, pelas relações sociais e, por último, pelo meio ambiente, sendo que esse foi o que mais influenciou a qualidade de vida dos entrevistados.
Nos quatro domínios estudados, as médias de pontuação entre os participantes com diabetes foi maior do que no grupo controle, embora nos domínios relações sociais e meio ambiente as diferenças tenham sido significativas.
Agência USP
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