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sexta-feira, 15 de março de 2013

Veja como evitar as alergias respiratórias e alimentares no ambiente escolar

Veja como evitar as alergias respiratórias e alimentares no ambiente escolar Cleber Gomes/Agencia RBS
Foto: Cleber Gomes / Agencia RBS
O contato com o pó do giz pode desencadear as alergias respiratórias
Diretores e professores da escola devem ter conhecimento da doença do aluno
 
As causas de alergia em ambiente escolar são semelhantes às encontradas no ambiente doméstico, como ácaros, fungos, barata (no caso das alergias respiratórias), alimentos e medicamentos. É muito importante para a saúde de crianças e adolescentes alérgicos que os professores e diretores da escola tenham a consciência sobre a doença do aluno e saibam identificar uma reação alérgica.
 
— Alergia alimentar é um problema sério, e as escolas devem estar preparadas para lidar com ela. Não é mais suficiente que apenas os pais estejam orientados e preparados para prevenção e tratamento de reações alérgicas. Familiares em geral, professores e o próprio paciente precisam estar esclarecidos sobre o problema e devem adotar atitudes e posturas de prevenção — orienta a alergista Ariana Campos Yang, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI).
 
De acordo com Ariana, há 15 anos estimava-se que 90% das alergias alimentares eram curadas antes da idade escolar. Hoje, os pacientes vivem uma realidade de alergias mais persistentes: estima-se que cerca de 60% a 70% tenham remissão antes da idade escolar, o que é agravado pelo fato do aumento de 18% na prevalência de alergia alimentar nos últimos 10 anos. Isso indica que muitas crianças são expostas ao contato acidental com o alimento na escola, correndo risco de sofrer uma reação anafiláticas.
 
Dados da ASBAI apontam que cerca de 30% da população, em geral, sofrem algum tipo de alergia, sendo que 20% são crianças. As alergias alimentares acometem 5%, afetando as crianças em sua maioria.
 
Alimentos
Existem vários tipos de reações alérgicas alimentares e elas podem se manifestar em até duas horas após a ingestão do alimento. Essas reações podem surgir com o aparecimento de urticárias (placas vermelhas que causam coceiras), angioedema (inchaço dos lábios, dos olhos), agravamento do eczema (quadro de pele mais crônico, causando descamações sérias e lesões graves na pele), no pulmão (chiado no peito, dificuldade respiratória na laringe, aparelho digestório), diarreia, dores abdominais ou cólicas. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer um choque anafilático e precisar de um socorro imediato. Os alimentos alérgicos mais comuns são: leite de vaca, ovo, trigo, frutos do mar, amendoim e soja.
 
O tratamento para esta situação é feito com a retirada do alimento causador da alergia e a escolha de um alimento substituto, nutricionalmente adequado, de acordo com a faixa etária de vida. É importante que o paciente entre em um processo de reeducação alimentar.
 
Confira como substituir os alimentos que causam alergia:
 
Leite de vaca: acima dos seis meses até um ano, utilizar o leite de soja. A partir de um ano, o leite pode ser dispensado, desde que se adote uma dieta balanceada, a base de cálcio
 
Clara de ovo: o ovo é dispensável se a criança tiver uma alimentação balanceada, à base de legumes, verduras e carne
 
Trigo: pode ser substituído por fubá e aveia
 
Frutos do mar: pode ser trocado por peixes. Porém, se o paciente tiver uma alimentação balanceada, a base de legumes, verduras e carne, os frutos do mar são dispensáveis
 
Soja: bebidas especiais com hidrolisados proteicos, com fórmulas que atendam as necessidades nutricionais do paciente, podem ser uma alternativa
 
Asma e rinite
O contato com o pó do giz, o acúmulo ácaros e mofo na escola podem desencadear as alergias respiratórias, como a asma e a rinite. A rinite é caracterizada por crises de espirros e coriza, nariz entupido e coceira no olhos, nariz, ouvidos e garganta. E a asma aparece com crises de tosse, dificuldade respiratória e chiado no peito.
 
Para evitar essas doenças, é importante manter o ambiente limpo, arejado e bem ventilado, assim como realizar a limpeza periódica de ar condicionado. As crianças alérgicas devem se sentar distantes da saída do ar condicionado.
 
Cuidados
— Pais devem informar a escola sobre as alergias que o estudante possa ter. Diante de qualquer ocorrência, o aluno deve imediatamente ser submetido a um atendimento médico.
 
— Comunicar a escola sobre as alergias a medicamentos.
 
- Para evitar as alergias respiratórias, mantenha o ambiente limpo (sem poeira), bem arejado, e tirem objetos que acumulem poeira como cortinas de tecido.
 
— O ar condicionado deve ser limpo regularmente para impedir a propagação de fungos (mofo).
 
— O ideal é que se utilize quadros brancos com caneta hidrográfica ao uso de lousa com giz.
 
Fonte: ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia)
 
Por Zero Hora

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