O fio dental Oral-B Super Floss, usado por pessoas com aparelhos ortodônticos, coroas, pontes ou implantes dentários, está em falta há no mínimo dois meses em lojas de cinco redes de farmácias de São Paulo.
No Rio, também há dificuldade em achar o produto. A representante comercial Mychelle Cantuária, 28, disse não ter encontrado o Super Floss no último mês.
"Não sou usuária fiel desse tipo de fio porque acho mais barato usar o passa-fio com o fio dental comum. Fui à farmácia para comparar o melhor custo-benefício --se o Super Floss estivesse com um preço bom, compraria pela praticidade. Mas não tenho visto na farmácia que costumo ir aqui no Rio."
Não é a primeira vez que os consumidores reclamam da falta do produto, que é importado --existem queixas de 2010, 2011 e 2012.
Contatadas pela reportagem, as farmácias Droga Raia, Drogaria São Paulo, Ultrafarma, Onofre e Pague Menos alegaram não ter o produto há algum tempo --os períodos variavam de dois a 12 meses. Apenas uma unidade da Farmais tinha o fio dental nas prateleiras.
Segundo a dentista Inês Virginia Zampieri Bof, a ponta rígida desse fio dental, que custa R$ 11,70 (pacote com 50 unidades), simplifica a limpeza dos dentes. A alternativa a esse produto é o passa-fio (cerca de R$ 3,30 o pacote com 25 unidades), um tipo de "agulha" de plástico que ajuda a passar o fio comum entre os dentes e no espaço entre dentes e aparelho.
Ela afirma, porém. não ter sentido a falta do produto por ter comprado um lote grande em julho de 2012.
Para Rodrigo Bueno de Moraes, consultor científico da ABO (Associação Brasileira de Odontologia) e cirurgião dentista, a falta do Super Floss nas farmácias não é preocupante porque a escova interdental é mais eficiente na limpeza dos dentes de quem usa aparelho.
"Quem usa essa escova evita sangramento das gengivas e tem melhor eliminação da placa bacteriana e das cáries dos vãos dos dentes", diz.
Outro lado
Outro lado
A Oral-B informou que greves em órgãos federais afetaram a distribuição do produto nos últimos dois meses. A empresa espera que as vendas estejam normalizadas até abril.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que sua greve, ocorrida por 40 dias do final de julho a agosto do ano passado, não é o problema. "Em novembro de 2012 já não havia retenção alguma na importação de produtos por conta da greve."
Fonte Folhaonline
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