Duas agências humanitárias da ONU anunciaram nesta sexta-feira um novo plano de luta para erradicar até 2025 a mortalidade infantil (de crianças menores de 5 anos) causada pela pneumonia e a diarreia, duas das doenças mais mortais em escala mundial.
Juntos, os dois males são responsáveis por 29% das mortes de crianças menores de cinco anos, o que equivale a 2 milhões de vítimas infantis, segundo o Plano de Ação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
No entanto, as soluções para combater a pneumonia e a diarreia não exigem novas descobertas científicas, afirmam os especialistas.
"Se as crianças continuam morrendo hoje é porque os serviços são prestados de forma fragmentada e os mais vulneráveis não se beneficiam" destes serviços, explicaram os dois organismos.
Além disso, "ocorre com muita frequência que se realizam paralelamente planos de luta" contra cada uma destas doenças, declarou Elizabeth Mason, encarregada da OMS.
Em uma tentativa de coordenar os esforços, o Plano de Ação Mundial das Nações Unidas elaborou um "mapa do caminho" para que os governos planejem e ponham em andamento iniciativas integrais de prevenção e luta contra as duas doenças.
Este plano define também vários objetivos para diminuir o número de mortes infantis relacionadas com estas doenças.
Segundo o plano, 90% das crianças deverão ter acesso - antes de 2025 - a antibióticos para curar a pneumonia e a um tratamento com sais de reidratação oral para curar a diarreia, contra 31% e 35%, respectivamente, hoje em dia.
Por outro lado, especialistas da ONU pedem que pelo menos a metade dos bebês menores de seis meses seja amamentada contra 39% em 2012, e que todas as crianças tenham acesso a melhores serviços sanitários e à água potável contra 63% e 89%, respectivamente, atualmente.
Cerca de 90% das mortes infantis relacionadas com estas duas doenças ocorrem na África subsaariana e na Ásia meridional.
Segundo dados publicados esta sexta-feira na revista britânica The Lancet, este plano de ação demandará um investimento adicional de quase US$ 2 bilhões.
Fonte R7
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