Pessoas internadas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) não devem permanecer inativas fisicamente durante a internação, pois isso pode acarretar em danos para sua saúde. A conclusão é de pesquisadores do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
O estudo envolveu 20 pacientes internados no Hospital Universitário (HU) da USP. Esses realizavam apenas sete minutos de atividades diariamente, como ficar de pé e caminha, e permaneciam o resto do tempo deitados.
O fisioterapeuta Rodrigo Cerqueira Borges, autor do estudo, diz que ficar deitado agrava a fraqueza muscular decorrente da DPOC, e que para evitar o problema, é necessária a realização de um mínimo de atividade física, como ficar de pé e andar em intervalos de tempo durante o período de internação.
Os pacientes foram internados devido ao agravamento dos sintomas da doença, como falta de ar, cansaço, aumento da quantidade de escarro e mudanças em seu aspecto. Todos receberam um equipamento que monitorou sua atividade diariamente, além de medicamentos para tratamento da doença. O monitoramento das atividades foi realizado, também, um mês após o a alta da internação.
Os resultados da pesquisa, descritos em artigo publicado no International Journal of COPD, publicação científica internacional especializada em DPOC, mostraram que durante a internação a média de caminhadas diárias era de 7 minutos, o que aumentou para 40 minutos quando o paciente estava em alta.
Fonte Agência USP
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