Foto: Mccormick/Northwestern University Dean Ho (ao centro), líder da pesquisa |
Pesquisadores da UCLA, nos EUA, desenvolveram um tratamento mais eficaz para um tipo agressivo de câncer de mama que utiliza partículas de diamante em nanoescala, chamadas nanodiamantes.
Os nanodiamantes são especialmente mais eficazes no tratamento de câncer de mama triplo negativo (TNBC), que tende a ser mais agressivo do que os outros tipos e mais propenso a reincidir, e também pode ter uma maior taxa de mortalidade.
Partículas de diamante em nanoescala têm entre 4 e 6 nanômetros de diâmetro e a forma de pequenas bolas de futebol. Subprodutos da indústria mineira, as partículas podem formar aglomerados após a ligação com medicamentos e tem a capacidade de entregar o tratamento anticâncer precisamente nos tumores, melhorando significativamente o efeito da droga.
Testes com ratos mostraram que a entrega com nanodiamantes foi capaz de penetrar em tumores de animais com câncer de mama negativo triplo.
"Este estudo demonstra a versatilidade do nanodiamante como agente de entrega de drogas a um local do tumor. O agente que desenvolvemos reduz os efeitos secundários tóxicos que são associados ao tratamento e causa reduções significativas no tamanho do tumor", afirma o pesquisador Dean Ho.
A equipe combinou vários componentes anticancerígenos na superfície dos nanodiamantes, incluindo Epirrubicina, medicamento de quimioterapia altamente tóxico, mas amplamente utilizado em combinação com outros medicamentos contra o câncer.
O novo composto foi, então, ligado a um material da membrana celular revestido com anticorpos que foram orientados para o receptor do fator de crescimento epidérmico, que é altamente concentrado nas superfícies das células TNBC. O agente resultante é um sistema de entrega de drogas chamado composto lipídico nanodiamante-híbrido, ou NDLP.
Quando testado em ratinhos, o agente diminuiu o crescimento do tumor e eliminou os efeitos secundários devastadores do tratamento do câncer.
Devido à sua toxicidade, a Epirrubicina, quando administrada sozinha pode causar efeitos secundários graves, tais como insuficiência cardíaca e redução da contagem de células brancas do sangue, e tem sido associada a um risco aumentado de leucemia.
No estudo, todos os ratos que receberam o medicamento sozinho morreram bem antes da conclusão do estudo. Mas todos os ratos que receberam Epirrubicina através dos NDLPs sobreviveram ao tratamento, e alguns dos tumores regrediram até que já não eram visíveis.
A equipe de investigação está agora estudando a eficácia e a segurança das NDLPs em animais maiores. "Essas descobertas servem como precursores para testes em humanos", concluem os pesquisadores.
Fonte isaude.net
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